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Porco e frango em alta, boi e ovo em queda

O mercado das carnes vai se embaraçando com a queda da arroba bovina, que deveria pressionar os preços do frango e do porco para baixo

O boi e o ovo entraram em queda e o café em disparada. Confira com Valdir Barbosa…

Amigas e amigos do agro!

O mercado das carnes vai se embaraçando com a queda da arroba bovina, que deveria pressionar os preços do frango e do porco para baixo.

Mas o contrário acontece! A carne bovina anda distante de muitas mesas dos brasileiros. Os preços do boi caíram de 350 reais a arroba para 310 e para o consumidor quase nada diminuiu.

O produtor rural a cada dia vende mais barato o seu boi para o frigorifico e o consumidor? Precisa pagar menos pelo quilo da carne!

O que mais preocupa são as carnes suína e de frango que sobem sistematicamente por causa do aumento dos custos de produção.

A carne suína foi a que mais subiu e, pelo jeito, não tem data para estabilizar. Altas em janeiro, nas ultimas 3 semanas de fevereiro e de hoje para amanhã deve sair nova tabela de preços.

O frango não incomodou em janeiro e teve 2 aumentos em fevereiro e esta semana deve sair mais um.

Principal motivo: o milho vem recuperando preços, subindo no mercado interno e contrariando a bolsa internacional que opera em queda.

O Brasil tem hoje estoques baixos e a demanda pelas usinas de etanol também aumentou bastante.

A expectativa é de uma boa safra para o meio do ano. No Mato Grosso, o maior produtor brasileiro, houve atraso no plantio por causa da colheita da soja, também atrasada.

A incerteza com o clima daqui pra frente também provoca inflação do milho.

E o trigo vai subindo no mercado internacional e a dona de casa pensa logo no pão de sal e na macarronada.

Em contrapartida o ovo vai caindo de preço. Do dia 17 de fevereiro até a sexta-feira baixou 10%. Vamos ver hoje ou amanhã.

E o café? Sem novidades, continua subindo e o consumo mundial aumentando. Algumas marcas do café tradicional e extra-forte sendo vendidas a mais de 70 reais, meio quilo.

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Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.