Governadores receberam com naturalidade o recado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as eleições presidenciais de 2026. Em entrevista à CNN Brasil, na última quinta-feira (23), Bolsonaro taxou os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), como nomes regionais e disse que Pablo Marçal (PRTB) “tem que se controlar”.
Zema e Caiado
Zema disse que vê com “naturalidde” a posição de Bolsonaro e que não tem ambição de ser candidato a qualquer custo. O governador de Minas reforçou que colocou o nome à disposição se for mais viável, mas o que ele quer mesmo "é trabalhar para tirar o PT e que a direita esteja unida”.
Já aliados de Caiado relataram à coluna que o governador goiano também vê com naturalidade a fala do ex-presidente.
Clã Bolsonaro
Na entrevista, Bolsonaro também aventou a possibilidade de uma candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A entrevista revelou a estratégia do político para 2026. Ao ventilar a candidatura da ex-primeira-dama e ao cogitar próprio nome para o Ministério da Casa Civil, Bolsonaro deixa clara a defesa do núcleo familiar para a próxima eleição e a intenção de estar no poder, mesmo que esteja inelegível.
O ministro da Casa Civil costuma ser o braço direito do presidente da República. Com Bolsonaro nesta posição, ele poderia exercer uma ‘presidência indireta’ ou ‘conjunta’ com a esposa, que vem angariando capital político ao presidir o PL Mulher e viajar o Brasil mobilizando filiadas e eleitoras.