Um estudo global da NordVPN revela que os brasileiros estão abaixo da média mundial no quesito segurança ao acessar a internet. Segundo o levantamento, o percentual de pessoas que responderam corretamente como agir diante de links falsos caiu de 49% para 43%. Já a taxa dos que sabem identificar um site falso caiu de 34% em 2024 para apenas 27% neste ano. A Itatiaia ouviu, nesta segunda-feira (22), a população sobre o tema
Os índices são ainda mais baixos em outros aspectos: apenas 11% dos brasileiros conseguem avaliar os riscos de privacidade ao usar inteligência artificial no trabalho, e 13% sabem como proteger a rede Wi-Fi doméstica.
Para muitos, a segurança digital ainda é um desafio do dia a dia. Arnaldo Ribeiro, que trabalha em uma ótica, admite: “Sou meio relapso, né? Meio complicado até de responder.” O motorista José Rodrigo dos Santos também aponta a falta de habilidade: “A gente baixa um pouco a guarda, né?”
Enquanto isso, os crimes digitais evoluem rapidamente, alerta a especialista em cibersegurança Priscila Meyer: “Com o uso de inteligência artificial, as mensagens fraudulentas ficaram muito mais personalizadas e, com isso, muito mais convincentes. Por outro lado, as pessoas que estão ingressando no mundo digital, assim como as que já estão, não estão recebendo a devida educação em segurança digital.”
O cuidado, segundo ela, deve começar no uso do Wi-Fi doméstico e na inclusão de dados em ferramentas de IA: “Essas informações, nas mãos dos cibercriminosos, permitem que eles apliquem golpes cada vez mais direcionados e convincentes.”
Sobre a rede Wi-Fi, Priscila alerta: “Muitos roteadores vêm com nomes de usuário e senhas padrão de fábrica, que são muito fáceis de serem descobertos pelos cibercriminosos. Mudar essa combinação imediatamente, assim que o técnico estiver instalando, é uma das primeiras e mais importantes medidas de segurança para proteger o Wi-Fi da sua casa.”
Para a especialista, a solução passa por capacitação constante e criação de um ambiente de educação tecnológica: “Um processo de capacitação contínua, uma vez que o ambiente digital está sempre em transformação, é o que vai proporcionar um maior nível de segurança digital para uma proteção econômica, social e de infraestrutura do Brasil.”
