Uma pesquisa revelou que 107 pesquisadores brasileiros se destacam entre os mais citados em documentos que fundamentam políticas públicas ao redor do mundo. Este estudo examinou relatórios, pareceres e documentos estratégicos utilizados por governos, organismos internacionais e entidades da sociedade civil desde 2019.
O estudo foi feito pela Agência Bori em parceria com a Overton, a maior plataforma internacional de dados sobre a interface entre ciência e políticas.
As investigações desses cientistas contribuíram para mais de 33,5 mil decisões e políticas públicas. O destaque vai para o professor emérito da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), César Victora, uma referência global em saúde infantil e aleitamento materno. Ele tem 231 publicações acadêmicas citadas em 3.109 documentos oficiais relacionados a políticas públicas.
Os trabalhos foram fundamentais para a criação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e influenciaram programas de desenvolvimento infantil em mais de 20 países. Para Victora, “embasar políticas públicas é o maior reconhecimento que um cientista pode receber da sociedade”.
Na sequência, destacam-se Carlos Monteiro (USP), inventor da classificação NOVA e autoridade global em nutrição e no enfrentamento de ultraprocessados; Aluísio Barros (Ufpel), expert em saúde materno-infantil; Paulo Saldiva (USP), estudioso das interações entre poluição atmosférica e saúde urbana; e Pedro Hallal (Ufpel), epidemiologista que esteve à frente dos estudos nacionais sobre a prevalência da Covid-19. Juntos, esses cinco acadêmicos acumulam mais de 5.500 citações em documentos de políticas públicas.
Os cientistas top 10
- César Victora (Ufpel)
- Carlos Monteiro (USP)
- Aluísio Barros (Ufpel)
- Paulo Saldiva (USP)
- Pedro Hallal (Ufpel)
- João Campari (WWF International)
- Pedro Brancalion (USP)
- Bernardo Strassburg (PUC-Rio)
- Álvaro Avezum (Hospital Alemão Oswaldo Cruz)
- Britaldo Filho (UFMG)
Com CNN Brasil