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Fossa das Marianas: o desafio da exploração do ponto mais profundo do planeta

A última medição da formação natural chegou a 10.935 metros, profundidade que supera a altitude do Monte Everest em mais de dois quilômetros.

Imagem ilustrativa

A Fossa das Marianas, localizada no Oceano Pacífico ocidental, é considerada o ponto mais profundo dos oceanos terrestres. A ciência ainda busca determinar sua profundidade exata e a natureza da vida em suas condições extremas. Essa depressão submarina, em forma de lua crescente, situa-se a leste das Ilhas Marianas. Sua formação é resultado do avanço da Placa das Marianas sobre a Placa do Pacífico, esse processo geológico é responsável por sua profundidade. A fossa se estende por cerca de 2.550 quilômetros de comprimento, com uma largura média de 69 quilômetros.

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Determinar a profundidade desta formação natural tem sido um desafio contínuo para a ciência. Medições históricas variaram, desde 8.184 metros em 1875 até 11.034 metros em 1957. Investigações mais recentes, utilizando tecnologia avançada, indicam profundidades acima de 10.900 metros. A medição mais aceita para o ponto mais profundo, Challenger Deep, é de aproximadamente 10.935 metros. Essa profundidade supera a altitude do Monte Everest em mais de dois quilômetros.

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As condições no fundo da Fossa das Marianas são hostis à maioria das formas de vida. A pressão da água é intensa, a escuridão é total, a temperatura é próxima de zero grau Celsius e há escassez de nutrientes. Apesar disso, a exploração revelou a existência de vida adaptada. Microorganismos quimiossintetizantes, invertebrados como anfípodes e holotúrias, e peixes da família Liparidae foram encontrados em profundidades recordes.

A exploração da Fossa das Marianas exige tecnologia avançada devido às condições extremas, apenas submersíveis resistentes conseguem resistir à pressão e alcançar suas profundezas. A primeira descida tripulada ocorreu em 1960, seguida por outras expedições, incluindo a de James Cameron em 2012. Veículos não tripulados são cada vez mais utilizados para explorações detalhadas e coleta de dados, devido ao alto risco que as expedições tripuladas oferecem.

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa jornalismo no UniBH e é estagiária do Digital na Itatiaia. É apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema e mãe do Joaquim