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Deepfakes ameaçam segurança de bancos

Com o crescimento do uso da biometria facial, houve aumento da atividade criminosa com apoio de inteligência artificial

Deepfakes são adotadas por golpistas

Com o avanço da inteligência artificial, o uso de deepfakes ganhou destaque: a técnica permite imitar características de um indivíduo em registros em vídeo, foto e áudio. Isso porque, com aprendizado profundo, é possível produzir material ultrarrealista de alta qualidade.

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O método já tem sido usado para obter acesso não autorizado a aplicativos bancários. A conclusão é de um estudo realizado pela iProov, especialista em verificação biométrica facial e tecnologia de autenticação.

O levantamento aponta que essas ações são difíceis de detectar e altamente escaláveis, o que as torna atraentes para fraudadores. Humanos geralmente não são capazes de reconhecer falsificações: apesar de 57% dos usuários acreditarem que podem detectar um deepfake com sucesso, a pesquisa mostra que apenas 24% o fazem de forma eficaz.

Já a tecnologia biométrica pode determinar se o indivíduo é um ser humano real, bem como identificar um deepfake se ele for reproduzido em um dispositivo e apresentado à câmera. “A autenticação biométrica facial permite que os bancos verifiquem a identidade do cliente e garantam presença genuína em transações online”, aponta Andrew Bud, fundador e CEO da iProov.

Estima-se que, atualmente, 20% da receita online dos bancos na América Latina seja perdida em fraudes. O Brasil ocupa o primeiro lugar na região, com perdas avaliadas em R$ 60 bilhões anuais.