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É ela quem causa alterações na forma como o organismo lida com os diferentes momentos do dia. Isso porque a luz azul natural faz parte do ciclo circadiano, ou seja, está diretamente relacionada ao relógio biológico.
Quando o indivíduo vê os primeiros raios de Sol do dia, a luz azul indica ao cérebro que é hora de acordar e desencadeia diferentes processos bioquímicos no organismo. Por outro lado, conforme o dia escurece, a quantidade de luz azul diminui e a produção de melatonina é iniciada. Esse hormônio proporciona uma boa noite de sono e descanso.
Com o avanço tecnológico, diferentes estímulos passaram a desregular esse mecanismo. É o caso das comodidades proporcionadas pela energia elétrica. Sem ela, não haveria luz a qualquer hora do dia e o organismo automaticamente se prepararia para o descanso quando escurecesse.
Além de garantir claridade o tempo todo, a energia elétrica permite o uso de eletrônicos — e a luz azul vinda das telas desses aparelhos prejudica o ciclo circadiano e a produção de melatonina. Ao agir no receptor melanopsina, ela bloqueia a produção de melatonina e causa dificuldade para dormir.
E não é só isso: com comprimento curto e intensidade alta, a luz azul é absorvida pelas células da retina e pode levar a
Uma das opções para reduzir esses efeitos é o filtro de luz azul, incluído em óculos ou nas telas dos dispositivos. “Ele filtra os raios de luz azul para evitar que cheguem de forma maléfica à visão”, explica o oftalmologista Daniel Kamlot. O acessório não vai impedir que o usuário veja a cor azul: em vez disso, vai oferecer mais conforto aos olhos e promover seu relaxamento.
Atualmente, é comum que um indivíduo passe muito tempo em frente a telas. O trabalho no computador, a comunicação pelo celular e o lazer proporcionado por séries ou filmes na TV podem levar à exposição de pelo menos 10 horas diárias a diferentes tipos de telas.
Por isso, especialistas recomendam evitar o uso de
O filtro de luz azul diminui o estímulo cerebral, para garantir a produção de melatonina no momento correto, e previne danos oculares. O especialista destaca que o acessório deve ser comprado em óticas de confiança. “Isso garante que de fato haverá a proteção. Um oftalmologista pode confirmar se ele foi colocado nos óculos.”
Além da possibilidade de ter insônia e não descansar adequadamente no dia a dia, a exposição à luz azul pode ter efeitos prejudiciais a longo prazo. “Pode levar a uma catarata precoce e é mais um fator de risco para quem tem tendência a desenvolver degeneração macular relacionada à idade”, aponta.