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O menor tuitou que cometeria o ataque e anunciou o que pretendia na escola, mas ninguém acreditou nele. Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, informa que a conta do adolescente na plataforma era privada.
Derrite destaca que colegas do agressor sabiam da ameaça. “Até pelo número de curtidas de cada comentário. A gente vai investigar: todo mundo que clicou e curtiu algum comentário ou fez algum comentário em um post dele vai ser objeto de apuração por parte da polícia civil.”
Ele informa, ainda, que menores de 18 anos de idade terão os responsáveis convocados. “Para realmente avaliar se mais gente estava sabendo ou se colaborou com a ação”, explica. “Será que os pais do garoto também já não tinham um certo conhecimento de que ele poderia fazer isso? Tudo isso vai ser objeto de investigação.”
Em depoimento, a mãe do agressor relatou que ele vinha apresentando comportamento incomum em casa nos últimos dias — ele teria reclamado de sofrer bullying praticado pelos colegas. Na semana passada, ele participou de uma briga com outro aluno e o confronto foi separado pela professora Elizabeth Tenreiro, assassinada na ação.
Renato Feder, secretário da Educação do Estado de São Paulo, conta que o adolescente era aluno da escola, pediu transferência e retornou à instituição no início do mês. A unidade escolar anterior, Escola Estadual José Roberto Pacheco, fez um boletim de ocorrência contra ele por apresentar comportamento suspeito nas redes sociais: ele publicava vídeos portando arma de fogo e simulando ataques violentos.
O secretário Derrite diz que outros ataques foram impedidos neste mês pela polícia em escolas de São José dos Campos, Caçapava e Tupã, todas no interior do estado. Segundo ele, a polícia agiu antes dos agressores. No celular do menor que praticou o ataque havia informações de atos violentos em outras escolas, o que indica premeditação. No Twitter, ele afirma ter esperado “a vida inteira” pelo dia da agressão.
Além disso, ele pede que a imprensa e a sociedade não divulguem os vídeos do ataque pelas