A tecnologia usada pelos celulares com sistema operacional Android faz os aparelhos que adotam a plataforma consumirem bem mais memória RAM do que os modelos com iOS. Esse é um dos motivos para que a maioria dos aparelhos Android tenham mais memória que os
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A memória RAM, diferente do armazenamento interno do aparelho, não guarda arquivos. Em vez disso, ela armazena processos em execução no celular para que eles ocorram com fluidez. Ela permite que eles sejam lembrados e reabertos de forma rápida quando necessário. Com isso, quanto mais memória RAM, melhor o desempenho — especialmente quando se abrem vários apps.
Paralelamente, conforme o usuário inicia vários processos e a memória enche, o celular passa a fechar alguns itens para alocar a RAM para outras tarefas. Isso não ocorre de forma aleatória: o sistema gerencia a memória para decidir quando e o quê deve ser fechado. E é justamente aí que o Android difere no iOS.
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No iOS, o método usado é a contagem automática de referências (Automatic Reference Counting – ARC). Ele limpa a memória RAM de forma mais ágil assim que percebe que uma tarefa não está mais em uso ou não é necessária naquele momento. Para isso, o ARC registra referências que outros objetos fazem a uma tarefa e quando um processo tem zero referências ou perto disso, a tarefa é fechada para liberar RAM. Como há mais agilidade do que a “coleta de lixo” do Android, a circulação de RAM é mais frequente.
Esse método de gerenciamento de memória é o principal fator para que o iOS aproveite de forma mais eficiente a memória RAM disponível. O Android, enquanto isso, mantém a memória comprometida por mais tempo, mesmo quando os processos já estão fechados e sem uso.
Outros aspectos
Além disso, o Android é mais liberal com aplicativos em segundo plano: mesmo ferramentas já fechadas podem ser mantidas em execução. O iOS, por sua vez, limita isso: é possível que um ou outro processo fique aberto em segundo plano, mas a frequência é bem menor que no Android.
É preciso lembrar, ainda, que, na Apple, tudo é desenvolvido pela própria empresa — tanto o sistema operacional quanto o hardware — e poucos modelos são lançados anualmente. Com isso, a fabricante pode otimizar os aparelhos ao máximo: o chip e a memória interagem mais facilmente com o sistema operacional e os apps são executados mais rapidamente e com menos consumo de RAM, já que não é preciso nenhuma adaptação.
O Android, por sua vez, é usado em dispositivos de diferentes marcas e com as características mais distintas. Isso sem contar que Xiaomi, Realme, Samsung, Motorola, OnePlus e outras adotam chipsets da Qualcomm, da MediaTek, da Samsung e das demais fabricantes e têm suas próprias interfaces.
O Google, desenvolvedor do Android, criou um código comum — o bytecode — que deve ser interpretado por uma máquina virtual antes de ser executado. As interfaces de diferentes modelos de celular, então, o interpretam para executar o sistema.
Ou seja, enquanto o