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Quais truques os golpistas vão usar na Black Friday?

A engenharia social é a estratégia mais adotada para atrair vítimas para supostas promoções na data

Golpistas vão usar engenharia social para atrair vítimas

As datas comerciais são sempre utilizadas por fraudadores que buscam obter vantagens nesses momentos. O principal motivo é a busca por ofertas: como os consumidores estão interessados em promoções, tendem a ser atraídos por descontos irreais e supostas urgências.

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A engenharia social usa técnicas de manipulação para descobrir dados pessoais dos compradores — os métodos podem variar, mas o resultado é sempre o mesmo. Veja, a seguir, quais são as principais táticas utilizadas pelos cibercriminosos e como não ser afetado por elas.

1 – Uso de anúncios e sites falsos

É neles que tudo começa. Os golpistas distribuem links falsos por SMS, mensageiros, e-mail, perfis falsos em redes sociais e sites que imitam páginas de grandes varejistas (muitas vezes, há a alteração de uma única letra e a falsificação é quase imperceptível). Alguns consumidores não percebem e se cadastram nesses endereços adulterados. Seus dados são coletados e utilizados em fraudes futuras. Por isso, jamais clique em links recebidos dessa forma.

2 – Oferecimento de descontos muito altos

Quando a vítima chega ao site clonado, encontra ofertas irreais — que têm grande chance de atingir seu emocional, especialmente quando se trata de um produto que a vítima realmente tem interesse em comprar. Então, se a oferta tiver preço muito diferente do dos concorrentes, desconfie.

3 – Adoção do senso de urgência

Essa é uma estratégia que busca se beneficia da ansiedade do consumidor e do impulso pela compra para aproveitar a oferta. Em geral, há um relógio ou cronômetro na tela (que mostra o tempo restante de promoção), bem como a informação de que são os "últimos produtos em estoque”. Para quem já tem a intenção de comprar o item, essa técnica apenas acelera a ação. Como campanhas promocionais legítimas também utilizar esse recurso, é importante confirmar a oferta em canais oficiais da companhia antes de efetuar um pagamento.

4 – Limitação dos meios de pagamento

Quando o vendedor exige que o pagamento seja feito por Pix, transferência ou boleto bancário, há grandes chances de se tratar de golpe. Essas modalidades são mais difíceis de serem canceladas — o oposto das operações com cartão de crédito. Lembre-se, ainda, de que se o cartão for usado em um site falso, os dados podem ser vendidos e/ou usados em fraudes no futuro. Além de evitar compras que exigem determinados meios de pagamento, lembre-se de não clicar em links desconhecidos.

5 – Tentativa de cobrar o frete separadamente

Em compras online, o frete é adicionado na conclusão da compra. Alguns golpistas, entretanto, tentam transformar o custo da entrega em uma segunda transação — que deve ser paga por pix, transferência ou boleto bancário. Não aceite esse formato.

6 – Conclusão fora de plataformas seguras

Mais comum em marketplaces, a opção pode ser apresentada depois que o golpista oferece um desconto alto, desde que a compra seja concluída fora do ambiente seguro — a justificativa é a possibilidade de evitar taxas do marketplace. A vítima, então, é direcionada para um site falso em que seus dados serão coletados. É importante não aceitar esse tipo de condição, já que as plataformas não se responsabilizam pelo que ocorre fora delas.