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Pix consolida-se como meio de pagamento mais usado no país

Em dois anos, foram feitas 26 bilhões de transações pela ferramenta

Pix se consolidou como meio de pagamento no país

Com dois anos de funcionamento, o sistema de pagamento instantâneo (Pix) consolidou-se como o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros, informa a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). De 16 de novembro de 2020, data em que começou a funcionar no país, até 30 de setembro de 2022, foram 26 bilhões de operações, com R$ 12,9 trilhões em valores transacionados.

Levantamento da Febraban com base em números do Banco Central do Brasil (Bacen) mostra que, no primeiro mês de funcionamento, o Pix ultrapassou as transações feitas com documento de crédito (DOC). Em janeiro de 2021, superou as transações em transferência eletrônica disponível (TED). Em março do mesmo ano, passou as transações com boletos e, no mês seguinte, ultrapassou a soma de todos eles.

Quanto aos cartões, o Pix ultrapassou as operações de débito em janeiro deste ano e, em fevereiro, superou as transações com cartões de crédito. Aí, tornou-se o meio de pagamento mais usado no Brasil. Segundo Isaac Sidney, presidente da Febraban, as transações feitas com Pix continuam em ascensão e mostram a grande aceitação popular do meio de pagamento, que trouxe conveniência e facilidade para os clientes nas transações financeiras do cotidiano. “Nos últimos 12 meses, registramos aumento de 94% das operações com a ferramenta.”

Quando analisados os valores transacionados, o levantamento mostra que, em setembro, o Pix atingiu R$ 1,02 trilhão, com tíquete médio de R$ 444, enquanto a TED, que somou R$ R$ 3,4 trilhões, teve tíquete médio de R$ 40,6 mil. “Os números mostram que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como em transações com profissionais autônomos e compras do dia a dia, que seriam feitas com notas”, diz Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban.

De acordo com Vilain, isso faz que o número de transações aumente em ritmo acelerado, trazendo maior conveniência para os clientes, que não precisam mais transportar cédulas para pequenas transações. Ainda conforme o levantamento, as estatísticas de setembro mostram que quase metade dos usuários do Pix está na Região Sudeste (43%), seguida de Nordeste (26%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro Oeste (9%). Quanto aos usuários, 64% têm entre 20 e 39 anos.

Desde o lançamento do Pix, já são 523,2 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do Banco Central. As chaves aleatórias somam 213,9 milhões, seguidas das chaves por CPF (114,2 milhões), celular (108,3 milhões) e e-mail (77,5 milhões). Até outubro, 141,4 milhões de brasileiros já tinham usado o Pix em seus pagamentos.

Segurança

A Febraban e os bancos associados investem cerca de R$ 3 bilhões por ano em cibersegurança para aprimorar e tornar mais seguras as transações financeiras do usuário. A federação participa do Fórum Pix, promovido pelo Banco Central, e contribui com sugestões para aprimorar ainda mais a segurança desse meio de pagamento. A entidade diz que acompanha todas as regulamentações do mercado e que, em caso de alterações, se empenhará para implementá-las dentro do prazo estabelecido pelo órgão regulador.

O Pix é uma ferramenta segura e todas as transações ocorrem por meio de mensagens assinadas digitalmente e que trafegam de forma criptografada em uma rede protegida. Os bancos associados também contam com o que há de mais moderno em termos de segurança cibernética e prevenção de fraudes, como mensageria criptografada, autenticação biométrica, tokenização, e usam tecnologias como big data, analytics e inteligência artificial em processos de prevenção de riscos. Segundo a Febraban, tais processos são continuamente aprimorados, considerando os avanços tecnológicos e as mudanças no ambiente de riscos.

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