Um trabalhador, identificado como Paulo André Amaro Vieira, de 32 anos, foi brutalmente espancado em um ponto de ônibus no bairro Vila Oeste, região Oeste de Belo Horizonte, há quase 20 dias. Nessa quinta-feira (4), ele ainda seguia internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Odilon Behrens, no bairro São Cristovão, na Região Noroeste.
Em 17 de agosto, às 7h, ele seguia para o trabalho quando foi surpreendido por um jovem, de 25 anos, que, sem dizer nada, começou a agredi-lo com socos, chutes e pedradas na cabeça.
O suspeito foi preso em flagrante e, segundo a Polícia Militar (PM), havia consumido álcool e drogas durante toda a madrugada. Ele deu versões contraditórias para o crime: primeiro afirmou que a vítima teria mostrado o órgão genital, depois disse que ambos teriam discutido em uma festa — o que não procede, já que Paulo havia passado a noite em casa com a esposa. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva na audiência de custódia.
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Paula Meirelles da Mota Amaro, esposa de Paulo André, relatou os momentos difíceis que a família atravessa:
“Meu marido estava indo trabalhar, aguardando o ônibus, quando o agressor, que é filho de uma amiga minha, veio por trás e o atacou covardemente. Ele já tem problema de visão, o que dificultou ainda mais a defesa. Quebrou quatro partes do rosto, a face, o maxilar, e precisou passar por uma traqueostomia devido ao sangramento. Também teve um edema cerebral muito grande. Os médicos ainda não sabem dizer se ele ficará com sequelas, é cedo para afirmar.”
Paula conta que foi chamada para socorrê-lo após as agressões: “Quando cheguei, encontrei meu marido no chão, engatinhando, todo ensanguentado, desnorteado, sem entender o que estava acontecendo. Esse homem o pegou na covardia. Ele estava alucinado de droga, confessou à polícia que usou droga e álcool a noite toda. Meu marido já passou por três cirurgias.”
Ainda segundo ela, o estado de saúde inspira preocupação: “Ele está muito agitado no hospital. São 19 dias no CTI e os médicos não sabem se essa confusão mental é consequência do quadro atual ou se ficará de sequela. Hoje ele está contido, amarrado, porque já arrancou a sonda de alimentação três vezes.”