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Síndica do Edifício JK está internada em hospital de BH

De acordo com moradores, Maria Lima das Graças, no cargo há mais de 40 anos, foi hospitalizada em agosto

Maria das Graças Lima, no programa Rádio Vivo, em julho de 2023

Síndica há mais de 40 anos do Edifício JK, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, Maria Lima das Graças está internada no Hospital Felício Rocho, na Barro Preto. Segundo moradores, ela está internada desde o dia 18 de agosto.

O hospital confirmou a informação nesta terça-feira (9) e, nesta quarta (10), o advogado da síndica, Faiçal Assruy, esclareceu que ela continua sob cuidados médicos. A causa da internação não foi informada.

“O Hospital Felicio Rocho informa, que por decisão da família, não serão divulgadas informações sobre a paciente”, disse a unidade hospitalar.

Nos últimos anos, a gestão de Maria Lima à frente dos prédios projetados por Oscar Niemeyer tem sido marcada por denúncias, embates e pressões judiciais. Ela e o gerente administrativo foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em 2024, por crimes contra o patrimônio cultural devido à falta de manutenção em áreas tombadas. A audiência que pode afastar Maria Lima do cargo judicialmente está marcada para o dia 7 de outubro.

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Maria das Graças era jornalista, advogada e uma das fundadoras do Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais (Sindicon-MG). Em 2023, foi homenageada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, durante o Dia Internacional da Mulher, quando recebeu o título de Mulher Extraordinária.

Outras polêmicas

No ano passado, polêmicas como a exigência de pagamento das taxas condominiais apenas em dinheiro vivo e a ausência de assembleia para autorizar reajustes geraram revolta entre moradores.

Em 2020, a administração do Edifício JK foi marcada por denúncias de intimidações, uso questionável de procurações e impedimentos a candidaturas de oposição. No ano seguinte, mais de 100 moradores chegaram a acionar a Justiça pedindo a anulação do pleito e auditoria das contas, que, segundo eles, ultrapassavam R$ 800 mil por mês.

Lideranças da chapa de oposição também apontaram falta de transparência na contagem de votos, exigência de fiança milionária para registro de chapas e restrições à participação dos condôminos.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas