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Servidor que abandonou escolta antes da morte de policial penal em hospital de BH se apresenta à Corregedoria

Colega deixou hospital Luxemburgo sem comunicar superiores antes de crime contra Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos

Euler Oliveira estava sozinho quando foi assassinado por detento dentro de hospital

O servidor escalado para acompanhar o policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos — assassinado pelo detento Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 — se apresentou à Corregedoria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) na última terça-feira (5) para prestar esclarecimentos. No âmbito criminal, a investigação está a cargo da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

Segundo a Sejusp, o agente abandonou o posto de trabalho sem qualquer comunicação prévia. Euler foi morto a tiros durante uma escolta no Hospital Luxemburgo, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na madrugada de domingo (3).

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A pasta informou ainda que, conforme protocolo interno, a escolta hospitalar de presos deve ser feita por dois policiais penais — medida que, segundo o órgão, garante mais segurança aos agentes no exercício da função.

No sábado (2), a equipe de fiscalização do Departamento Penitenciário (Depen-MG) esteve no hospital em duas ocasiões, às 8h50 e às 20h30, e confirmou a presença de dois servidores escalados para a escolta de Shaylon. No entanto, após a última verificação, um dos policiais teria deixado o posto sem avisar o Depen.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda um posicionamento.

Entenda o caso

O policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha foi morto dentro do Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte, enquanto escoltava o detento Shaylon Ferreira, que estava internado havia três dias. Por volta das 2h40, o preso pediu para ir ao banheiro, entrou em luta corporal com o agente, o desarmou e atirou duas vezes — na nuca e no tórax.

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Vestido com a farda do policial, Shaylon enganou os funcionários e fugiu pela porta da frente, utilizando um carro de aplicativo. Ele foi localizado pouco depois, com as armas da vítima

O Hospital Luxemburgo afirmou que seguiu todos os protocolos de segurança, prestou socorro imediato à vítima e acionou as autoridades. A instituição também ofereceu apoio psicológico aos profissionais envolvidos.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.