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PUC Rio nega que suspeito de matar gari tenha feito graduação e MBA na instituição

Laudemir de Souza Fernandes tinha 44 anos e foi assassinado com um tiro na barriga enquanto trabalhava no bairro Vista Alegre, na região Oeste da capital mineira

Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, foi preso em uma academia horas após o crime

A Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio) negou, nesta quarta-feira (13), que o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, suspeito assassinar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44, com um tiro na barriga, fez graduação e Mestrado em Administração de Empresas (MBA) na instituição.

Apesar da negativa da universidade, o executivo se apresenta no LinkedIn com essa formações, além de ser diretor de Negócios de uma rede de alimentos. De acordo com um post, ele é recém-contratado e começou a trabalhar na empresa neste mês.

Na bio, ele se autodescreve como “CEO”, “vice-presidente”, diretor executivo” e “diretor comercial”, e formação pela Fundação Dom Cabral.

Além disso, ele diz que tem 27 anos de experiência executiva no setor de alimentos e bebidas, e “um histórico comprovado de gerar crescimento exponencial e liderar transformações organizacionais complexas nas maiores corporações do mercado brasileiro e internacional.”

Renê nega ter matado Laudemir

No boletim de ocorrência (BO) da Polícia Militar consta que, ao ser questionado sobre a participação no crime, Renê negou a autoria.

“Ao ser indagado, respondeu que não participou do episódio”, cita o BO. Além disso, o suspeito relatou que o carro que dirigia no momento do crime estava no nome de sua esposa. Foi realizada uma vistoria no veículo, mas nada de ilícito foi encontrado.

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O crime

Segundo testemunhas, a situação teria começado quando Renê Júnior se irritou com o fato do caminhão de lixo, que estava em serviço, estar ocupando parte da rua e atrapalhando sua passagem.

A situação irritou o empresário, que teria iniciado ameaças aos profissionais, começando com a motorista do caminhão. O dono da empresa terceirizada da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) onde Laudemir trabalhava contou à Itatiaia que o suspeito colocou um revólver no rosto da mulher antes de disparar contra o gari, que deixa uma filha.

“A motorista disse que a rua é larga, que ela encostou o caminhão um pouco e pediu para o rapaz, que estava em um BYD grande, passar. Só que ele já tirou o revólver, colocou na cara dela e falou que, se ela encostasse no carro dele, iria matar todo mundo”, contou o dono, que não será identificado.

Os garis pediram “pelo amor de Deus” para que o condutor não atirasse, mas não adiantou. “O carro já tinha passado. Aí ele saiu do carro, deu um tiro e acertou o abdômen desse gari. Ele foi socorrido para o hospital Santa Rita, mas faleceu. Agora é tentar, através de imagens de câmeras, localizar a pessoa. Coisa bárbara. A gente nunca viu uma situação dessas. Muito triste”, lamentou.

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.
Diana Rogers tem 34 anos e é repórter correspondente no Rio de Janeiro. Trabalha como repórter em rádio desde os 21 anos e passou por cinco emissoras no Rio: Globo, CBN, Tupi, Manchete e Mec. Cobriu grandes eventos como sete Carnavais na Sapucaí, bastidores da Copa de 2014 e das Olimpíadas em 2016.
Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.
Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.