Belo Horizonte enfrenta um desafio diário para manter as ruas limpas. Todos os dias, 123 toneladas de lixo são recolhidas pelos garis e equipes de capina e varrição. Desde o início do ano, já foram retiradas quase 700 mil toneladas de resíduos na capital mineira.
Apesar do esforço das equipes da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), ainda há pontos com acúmulo de lixo e muita reclamação de moradores e trabalhadores. “A cidade está muito suja. Fora o lixo, tem o pessoal que monta barraca em cima dos passeios. Está em toda parte”, diz Guilherme Henrique, motorista de aplicativo.
Leia também:
A faxineira Célia Aparecida também reforça a percepção de que o problema é mais visível nas áreas centrais da cidade: “Demais da conta, principalmente no Centro. Nos bairros ainda é mais ou menos, porque os donos das casas ajudam. Mas no Centro, o pessoal dos prédios coloca o lixo fora de hora, antes dos garis passarem.”
Para o vendedor Cleovolto Pereira Gonçalves, a questão vai além da limpeza urbana: “Tem muita sujeira, muito pedinte e muito buraco. A turma limpa, mas o povo não ajuda. Falta educação. Não adianta se desdobrar para deixar a cidade limpa se ninguém colabora.”
A chefe do Departamento de Serviços de Limpeza Urbana da SLU, Érica Santos Rezende, reforça que a participação da população é essencial para mudar o cenário:
“É fundamental a cooperação da população. Precisamos mudar esse mau hábito cultural e usar corretamente os serviços públicos de limpeza. O lixo domiciliar deve ser colocado no horário da coleta, e móveis ou entulho precisam ser levados às unidades de recebimento de pequenos volumes.”
Com toneladas de resíduos recolhidas todos os dias, a limpeza da cidade depende não só do trabalho das equipes da SLU, mas também da consciência coletiva de quem vive nela.