O desrespeito às vagas de
A enfermeira Melissa Santos, que possui deficiência física adquirida, relata uma situação alarmante: ‘Em 80% das vezes que preciso estacionar, a vaga do deficiente está ocupada. E desses 80% de vezes, 100% das vezes ela está ocupada por pessoas que não possuem credencial de deficiente físico, ou por idosos que usam indevidamente a credencial do idoso, ou por pessoas sem qualquer credencial’, relata ela à Itatiaia.
Impacto na rotina e necessidade de legislação mais rígida
Além da frustração, a situação causa perda de tempo considerável para quem precisa das vagas, segundo Melissa. “Eu preciso ficar dando voltas com o carro, procurando outros estacionamentos”, lamenta ela.
Estacionar os veículos nas vagas reservadas as pessoas com deficiência ou idosos, sem credencial, é considerada infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, perda de sete pontos na carteira de habilitação e possibilidade de remoção do veículo. No entanto, essas penalidades parecem não ser suficientes para coibir a prática.
A enfermeira, que utiliza a credencial há 20 anos, observa que muitas pessoas não se importam com as multas e continuam estacionando irregularmente.
“Eu acredito que a legislação precisava ser um pouco mais rígida, para as pessoas aprenderem a respeitar os espaços demarcados a outras pessoas”, sugere.
Belo Horizonte conta com 1.310 vagas de estacionamento reservadas a pessoas com deficiência, sendo 627 rotativas e 683 em áreas livres, conforme informações da BH Trans. Moradores da cidade, como Gasparino Rodrigues do Santo Júnior, de 58 anos, e Aloísio Eustáquio, ambos aposentados, concordam que o problema é resultado de falta de educação e consciência da população.
“É uma falta de educação e informação, né? A gente procura e a vaga está sempre ocupada”, lamenta Gasparino. Segundo Aloísio, “é uma falta de consideração porque a pessoa com deficiência nem sempre está com o acompanhante e se existem as vagas é para ser respeita”, finaliza.