Ouvindo...

Justiça marca audiência de acusado de matar o sargento Roger Dias em BH

Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, é acusado de disparar várias vezes à queima-roupa contra sargento da Polícia Militar em Belo Horizonte

Welbert de Souza Fagundes tem 26 anos e cometeu o crime enquanto estava foragido da ‘saidinha’ de Natal

A audiência de instrução, considerada a primeira etapa do processo no Tribunal do Juri, do acusado de matar o sargento da Polícia Militar, Roger Dias, foi marcada para quarta-feira (20), às 13h30. Na ocasião, 10 testemunhas tanto de defesa, quanto de acusação, serão ouvidas no 2º Tribunal do Júri Sumariante de BH, no Barro Preto, em Belo Horizonte.

O sargento Roger Dias foi morto à queima-roupa em 5 de janeiro de 2024, no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte de Belo Horizonte. O suspeito de cometer o crime, identificado como Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, vai participar da audiência por vídeoconferência, direto da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá.

Segundo a Comarca de Belo Horizonte do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), caso haja tempo, o interrogatório do réu também deve acontecer. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o crime aconteceu enquanto Welbert Fagundes estava foragido, depois de uma ‘saidinha’ de Natal.

Inicialmente, acusado estava detido no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, no Campo das Vertentes, mas foi transferido para a penitenciária Francisco Sá, no Norte de Minas, depois de jogar um computador na parede na unidade psiquiátrica.

Relembre o assassinato

O crime, que ganhou grande repercussão, ocorreu em 5 de janeiro, no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte. Segundo o Ministério Público (MPMG), tudo começou quando a polícia recebeu a informação de que dois homens armados, em um Fiat Uno prata roubado, circulavam pela cidade. O carro era dirigido por Geovanni, com Welbert no banco do passageiro.

Os policiais tentaram parar o veículo, mas Geovanni não obedeceu e fugiu em alta velocidade. Durante a perseguição, ele bateu em uma motocicleta e atropelou um homem, que foi arremessado para cima do carro. Mesmo assim, continuou dirigindo até bater em um poste. A vítima foi socorrida e sobreviveu.

Após a batida, Welbert e Geovanni fugiram a pé. Na sequência, o sargento Roger Dias encontrou Welbert e ordenou que ele se rendesse. Nesse momento, Welbert tirou uma arma do bolso e atirou na cabeça do policial. Mesmo com o sargento caído, fez outro disparo.

Outro militar tentou intervir, mas também foi alvo de tiros — que não o atingiram. Ele revidou e baleou Welbert, que foi preso no local com a arma usada. O sargento Roger Dias chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Enquanto isso, a polícia continuou as buscas por Geovanni. Ele foi encontrado escondido na laje de um comércio e atirou contra quatro policiais, mas errou todos os disparos. Mesmo ferido após o revide, conseguiu correr para uma mata próxima, onde acabou preso. De acordo com a denúncia, os ataques tiveram o objetivo de evitar a prisão pelo roubo do carro.

Acusado de participar da morte foi condenado

Geovanni Faria de Carvalho, acusado de participar da morte do sargento Roger Dias e de tentar matar outros policiais em 2024, foi condenado a 13 anos e sete meses de prisão em regime fechado.

O julgamento ocorreu na última quinta-feira (14), no Fórum Lafayette, Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Geovanni é apontado como comparsa de Welbert de Souza Fagundes, autor dos disparos que mataram o militar.

Ele foi condenado por três tentativas de homicídio praticadas contra três policiais militares durante de tentativa de fuga após ser perseguido pelo roubo de um carro. O conselho de sentença também condenou o acusado por uma tentativa de homicídio ocorrida no trânsito, ao abalroar um motociclista.

Leia também

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.