A Polícia Penal deu voz de prisão a Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, réu pelo assassinato do sargento Roger Dias da Cunha, após ele ter uma crise mental durante um atendimento médico no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, em Barbacena (MG), onde está internado sob custódia.
Em uma decisão judicial, emitida na quarta-feira (6), a juíza Flávia Generoso de Mattos, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Criminais da Comarca de Barbacena, confirmou a legalidade da “prisão” de Welbert. A magistrada ainda determinou que a Equipe de Saúde do hospital fosse acionada e todas as medidas cabíveis fossem tomadas para assegurar as condições psiquiátricas do suspeito.
Segundo o documento, Welbert foi até um consultório da unidade, mas ficou inconformado com o parecer médico. O réu, então, passou a danificar o consultório e jogou um computador contra a parede. Mesmo com a resistência do suspeito, ele foi contido pelos policiais.
O réu voltou a resistir à ação policial quando foi levado para a enfermaria, precisando ser algemado e contido com o uso moderado de força. Os agentes ainda verificaram que Welbert estava com um clips, que suspostamente poderia ser usado para abrir suas algemas. Ainda de acordo com a juíza, Welbert se debatia a todo momento, o que causou uma lesão leve em seu rosto.
Apesar da voz de prisão, o réu seguirá detido no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, onde está custodiado desde outubro deste ano.
Sargento baleado
O sargento Dias, da Polícia Militar, morreu baleado durante uma operação no dia 5 de janeiro. O suspeito do crime é um homem que estava em saída temporária da cadeia. Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, é apontado como o responsável por disparar várias vezes à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, no bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte de Belo Horizonte.
O militar passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII - uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na noite do dia 7 de janeiro.
Suspeito estava foragido da ‘saidinha’
Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados contra ele, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.
A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que Welbert não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tivesse apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu nenhum retorno.
No dia 11 de janeiro, poucos dias após a morte do sargento Dias, Welbert se tornou réu por um furto qualificado cometido em julho de 2023. Poucas semanas depois, a Justiça aceitou a denúncia e Welbert se tornou réu por homicídio triplamente qualificado contra o sargento Dias. Ele segue detido desde a época do crime.