Welbert de Souza Fagundes, 27 anos, assassino do sargento Roger Dias da Cunha, alega à Justiça que está sendo ameaçado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) dentro da penitenciária de Francisco Sá, Norte de Minas, onde está preso. A suposta ameaça foi relatada por Welber nessa quarta-feira (15), durante audiência da 1ª Vara Criminal e de Execuções Criminais da Comarca de Barbacena, no caso em que Welbert responde por ter quebrado um computador do Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, na cidade da região do Campos das Vertentes.
Por causa do ato de vandalismo, Welbert foi transferido para a penitenciária de Francisco Sá. Além das supostas ameaças, o criminoso relatou irregularidade na entrega de medicações e deficiência no atendimento médico para tratar ferimentos em sua perna causados por disparos de arma de fogo na ocorrência da morte do cabo Roger Dias.
Diante disso, a juíza Flávia Generoso de Mattos atendeu pedido da defesa de Welbert e determinou que ele passe por novo exame de insanidade mental, solicitou imagens de câmeras de segurança no Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz e informações sobre remédios utilizados pelo réu na época, apontando quais tiveram o seu uso reduzido ou impedidos, acompanhando os respectivos laudos e relatórios clínicos de quando ele estava no hospital psiquiátrico.
“Ele estava no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), saiu de lá (após quebrar o computador), um preso que estava com ele, que era supostamente faccionado ao Comando Vermelho, morreu em Francisco Sá e, segundo ele, agora o PCC acha que ele também faria parte do Comando Vermelho, supostamente. Por isso que teriam decretado a morte dele”, disse o advogado Bruno Rodrigues, que defende Welbert.
Sargento baleado
O sargento Dias, da Polícia Militar, morreu baleado durante uma operação no dia 5 de janeiro de 2024. O suspeito do crime é um homem que estava em saída temporária da cadeia. Welbert de Souza Fagundes é o responsável por disparar à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, no bairro Novo Aarão Reis, na Região Norte de Belo Horizonte.
O militar passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII - uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na noite do dia 7 de janeiro. Welbert ainda não foi julgado por esse crime.