Abastecer com etanol já não compensa mais em Belo Horizonte. Levantamento do site Mercado Mineiro, divulgado nessa segunda-feira (15),
Apesar disso, especialistas alertam que a escolha do combustível não deve levar em conta apenas o preço na bomba. Manter a revisão do veículo em dia também influencia diretamente na economia.
Segundo Paulo Eduardo Lopes Barbieri, professor de engenharia mecânica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), a manutenção é fundamental:
“Se o carro estiver com a manutenção em dia, óleo trocado e motor regulado, a tendência é consumir dentro do esperado, seja etanol ou gasolina. O que vai definir é o preço e o comportamento do carro com cada combustível”, explicou.
O professor destacou ainda que o etanol costuma oferecer maior potência e desempenho, mas consome mais. Já a gasolina garante economia maior, ainda que com performance inferior.
A pesquisa
Segundo pesquisa do Mercado Mineiro e do aplicativo ComOferta.com, feita entre 10 e 12 de setembro em 186 postos, a gasolina subiu em média 2,69% em duas semanas, mesmo sem anúncio oficial da Petrobras.
O preço médio passou de R$ 6,13 para R$ 6,29, com valores variando entre R$ 5,75 e R$ 6,79. Nos postos mais baratos, o litro subiu R$ 0,40, chegando a R$ 6,39.
O etanol também registrou alta: passou de R$ 4,27 para R$ 4,48 (4,97%), com preços entre R$ 3,89 e R$ 4,99. Apesar de a relação com a gasolina estar em 71% — o que torna o combustível menos vantajoso —, o custo por quilômetro rodado ainda é levemente favorável ao etanol: R$ 0,53 contra R$ 0,55 da gasolina.
O Minaspetro informou que, desde o aumento da mistura de anidro na gasolina em 1º de agosto, as usinas elevaram em até R$ 0,28 o litro do etanol. O hidratado também subiu R$ 0,26 no período.
O sindicato reforçou que a redução do preço é interesse dos postos e defendeu medidas como autoabastecimento e correção de volume por temperatura para baratear a gasolina ao consumidor.