O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) divulgou a condenação de Rafael Carlos da Silva Ferreira, vulgo “Paraíba” ou “Parazão”, apontado como chefe do tráfico na Cabana do Pai Tomás, e líder da facção criminosa TCP (Terceiro Comando Puro) em Minas Gerais, e a companheira dele, Fabíola Kathleen Santos Guimaraes Lelis, de 25 anos. Os réus foram sentenciados pela 5ª vara de Vara de Tóxicos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais por corrupção ativa e obstrução de investigação.
Parazão, que está foragido e segundo consta, lidera o tráfico no Morro da Mineira, no Rio de Janeiro, foi condenado a 11 anos, 11 meses e 26 dias de reclusão, em regime fechado, e 45 dias-multa.
Já Fabíola foi sentenciada a 10 anos, três meses e 10 dias de reclusão, em regime fechado, e 39 dias-multa. Fabíola é detenta no sistema prisional de Minas Gerais.
Essas condenações dizem respeito às ligações com o Sargento Charles Henrique Squarcio, que era lotado no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do MPMG, e vendeu informações privilegiadas para o TCP.
Squarcio teria repassado informações da
Sargento fazia promessas à facção
A Itatiaia teve acesso a diversos prints de conversas do sargento Squarcio com o próprio Parazão e outras com Fabíola. Ele se passava por delegado e prometia mundos e fundos para a organização criminosa.
Squarcio chegou dizer que a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), força de elite da Polícia Civil, teria que pedir benção pra ele pra poder atuar.
Durante o julgamento desse caso prestou depoimento o próprio Parazão, um dos bandidos mais procurados de Minas Gerais, que deu depoimento por vídeo chamada. Infelizmente, não podemos divulgar o depoimento do criminoso, uma vez que o caso segue em segredo de justiça, mesmo já tendo sido julgado.
O caso do sargento segue na Justiça Militar. Sua sentença ainda não saiu. Ele foi preso dentro da sede do Ministério Público, em 15 de janeiro, e desde então está detido em um batalhão da Polícia Militar.
Operação Êxodo
A megaoperação “Êxodo”, do Gaeco do MPMG, que desmantelou um braço importante da facção carioca TCP no dia 27 de novembro de 2024.
A ação contou com trabalho investigativo da Polícia Civil de Minas Gerais e atuação da Polícia Militar de Minas Gerais e prendeu 14 pessoas, 13 armas de fogo, sendo um fuzil 556 e dez pistolas semi automáticas, além de mais de 1.500 munições de diversos calibres. Também foram confiscados R$ 340 milhões que seriam da facção.
Das
- Judeúdson Clevis de Andrade, de 37 anos, apontado como operador financeiro;
- José Carlos Ferreira, de 58 anos, apontado como um dos proprietários de uma provedora de internet ilegal;
- Cleider Tadeu Barbosa, de 47 anos, suspeito de fazer movimentações financeiras e de esconder drogas e armas em casa.
A Itatiaia mostrou em primeira mão, em janeiro de 2024, a