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Investigação realizada pelas forças de segurança mineiras resultaram também em ordens judiciais de sequestro que somam R$ 345 milhões

Megaoperação contra Terceiro Comando Puro (TCP) termina com 14 presos e armas apreendidas em MG; veja imagens

Um fuzil, 10 pistolas, milhares de munições e dois revólveres foram encontrados pela polícia

Quatorze suspeitos foram presos e diversas armas apreendidas durante uma megaoperação de combate à organização criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) com atuação no estado de Minas Gerais e realizada, nesta quarta-feira (27), pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Os resultados foram divulgados em coletiva de imprensa no fim desta manhã.

“Foi identificado uma organização criminosa, instalada no aglomerado Cabana do Pai Tomás, que estava vinculada ao TCP do Rio de Janeiro. Na data de hoje, foram cumpridos 79 mandados de busca e apreensão, sendo 17 mandados de prisão em vários estados, incluindo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Goiás. A alta cúpula dessa organização criminosa instalada em território mineiro foi presa”, disse Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira, integrante do Gaeco e coordenador do Grupo de Combate às Organizações Criminosas.

Durante dois anos de investigação, autoridades apuraram o funcionamento da organização por meio do tráfico de drogas, da posse e no porte ilegal de armas de fogo e de lavagem de dinheiro. Também foram localizados: um fuzil, 10 pistolas, milhares de munições, dois revólveres e188 tabletes maconha. Grande parte desse material estava no bairro Alto dos Pinheiros, na capital mineira.

Investigação realizada pelas forças de segurança mineiras resultaram também em ordens judiciais de sequestro que somam R$ 345 milhões

Os investigadores mapearam a atuação de vários integrantes das citadas organizações criminosas, cada um com uma atribuição específica, incluindo não apenas as atividades criminosas típicas, mas também o fornecimento de sinal de internet, ações assistencialistas e apoio jurídico que visavam o controle e fomento da organização criminosa em território mineiro.

A facção TCP surgiu em meados da década de 2000 e usa como simbologia elementos religiosos, como a bandeira de Israel e mensagens evangélicas. Apesar disso, o delegado é enfático ao dizer que a organização criminosa não tem relação com igreja: “Eles usam trechos bíblicos como uma forma de domínio de território e para se autopromover”, explicou o delegado.

Paula Ayres Aires, promotora de Justiça coordenadora do Gaeco, disse que, apesar da atuação da facção, a polícia mineira “tem o domínio do território”. “Tenho plena convicção que a maioria expressiva esmagadora do território de população do bem, então acredito que as pessoas tenham acolhido até com alegria a operação de hoje. A tendência é a gente consiga fazer muitas rupturas desse grupo criminoso e de todo o lucro que eles tinham com essa atividade criminosa”, disse.

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Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.