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“Ela ensinava História, mas, acima de tudo, se preocupava em ensinar a história da vida: como se tornar um cidadão empático, carinhoso, crítico e questionador”, diz trecho da homenagem.
Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, trabalhava, desde 2017, como professora de História do 7º e 9º ano na escola, localizada na regional da Pampulha, e era uma
“Garantimos que cada um daqui tem uma história especial com ela, marcada por uma risada sincera, por um sorriso inesperado ou por um conselho reestruturador”, afirmam os estudantes.
Confira a carta na íntegra
“Tati foi muito além de uma professora.
Ela ensinava História, mas, acima de tudo, se preocupava em ensinar a história da vida: como se tornar um cidadão empático, carinhoso, crítico e questionador.
E ela se importava tanto conosco! A última vez que nos deu aula foi em 2022, mas, mesmo em 2025, quando nos encontrava pelos corredores ou curtia nossas postagens, sempre esbanjava um sorriso enorme, acompanhado de elogios, carinhos e doçura. Não é sempre que encontramos uma professora que, mesmo com um ano só de aula, demonstrou tanto cuidado e carinho com cada um de nós.
Garantimos que cada um daqui tem uma história especial com ela, marcada por uma risada sincera, por um sorriso inesperado ou por um conselho reestruturador.
Ela soube, de verdade, como tentar ser imagem e semelhança de Jesus. Tati olhava por todos nós, fazia questão de acolher e mostrar que éramos amados.
Fica aqui esta sincera homenagem, do fundo dos nossos corações, que já estão com saudades das suas mensagens, dos seus carinhos e da forma tão especial com que você andava pela escola.
Foi uma honra termos sido seus alunos, Tati.
Seus ensinamentos estão marcados para sempre em nossa memória.
Seu sorriso está estampado nas paredes do colégio.
Foi muito especial caminhar contigo.
Esperamos, um dia, reencontrar esse amor sincero que você nos deu.
Desejamos que descanse em paz, nos braços do Pai.
Te amamos, Tati! 💙”.
Carta de alunos para a professora Soraya Tatiana
Professora encontrada morta
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A vítima estava tampada parcialmente por um lençol, vestia somente a parte superior das roupas, tinha sinais de violência e estava sem documentos de identificação. O filho a reconheceu no Instituto Médico Legal (IML).
Soraya Tatiana estava desaparecida desde a noite de sexta-feira (18). Segundo a família, ela havia sido convidada para uma festa de aniversário, mas informou que não compareceria por estar passando mal.
No sábado (19), o filho tentou contato por mensagens, que não chegaram a ser visualizadas. Diante da ausência de resposta, ele pediu que uma tia, moradora do mesmo prédio, fosse até o apartamento da professora. Como ninguém atendeu, a família acionou um chaveiro e entrou no imóvel, mas Soraya Tatiana não estava lá.
O apartamento não apresentava sinais de arrombamento ou violência. O carro permanecia na garagem, mas o celular, os óculos e as chaves da professora haviam sumido.
Velório e sepultamento
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O sepultamento está marcado para às 9h30 desta terça-feira (22) no Cemitério da Paz, no bairro Caiçaras, na regional Noroeste.
Caso é investigado
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, nesta manhã, que o corpo passou por exames no Instituto Médico-Legal (IML) Dr. André Roquette, em Belo Horizonte, e foi liberado aos familiares após os procedimentos.
“A PCMG aguarda a conclusão de laudos periciais que irão atestar as circunstâncias e a causa da morte”, afirma a corporação por meio de nota enviada à Itatiaia.
No boletim de ocorrência, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) registrou ainda não haver “nenhuma informação acerca de autoria e/ou de motivação do crime”.