A Polícia Civil investiga o
Kamila foi surpreendida por um atirador que desceu de um Kia Cerato enquanto andava na direção de seu carro, um Fiorino. O autor dos disparos desceu armado do carro no lado do carona e iniciou os disparos, que continuam mesmo com a advogada no chão.
A Itatiaia aponta, agora, o que já se sabe sobre o homicídio. Confira:
‘Tô de guerra’, avisou Kamila antes de ser executada
“Boa noite, gente. Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa de luz, uma pessoa legal até certo ponto. Então, tô botando aqui porque fofoqueiro tem um monte, né? Então, já pode passar o recado. Eu tô de guerra, tá?”, disse a advogada.
“Então, começou com história triste, com mimimi, com a p*** que pariu, vai pra desgraça para lá. Eu estou de guerra e com quem eu tô sabe, entendeu?”, prosseguiu. “Mas como não me atende, como não me retorna, então é isso, porque daqui a pouco Ai, ai, ai, meu c* tá doendo. E você pode saber, fui eu. Beleza. Fui eu. Eu não tô ameaçando. Eu tô avisando que eu vou fazer”, finalizou no vídeo, que circula em aplicativos de mensagens desde a segunda (22).
Câmeras filmaram execução
A Itatiaia obteve acesso às imagens de uma câmera de segurança que registrou o homicídio.
Assista abaixo:
📹 Imagem cedida à Itatiaia pic.twitter.com/VEfb6ba8dZ
— Itatiaia (@itatiaia) September 22, 2025
Celular de Kamila foi encontrado a 8 km do local do crime
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O telefone foi encaminhado para o Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde passará por perícia.
Bandidos usaram carro clonado para cometer o crime
Porém, após levantamento, constatou-se que o veículo em questão encontra-se clonado, sendo o original registrado no município de Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. Depois de matarem Kamila, os bandidos fugiram sentido Anel Rodoviário.
Carro foi queimado após o crime
O possível carro usado na execução de Kamila Cristina
De acordo com o tenente Luís Alberto, do Batalhão de Polícia de Guardas, moradores desconfiaram da movimentação de dois veículos em uma rua sem saída. Pouco depois, ouviram um barulho e perceberam que um dos carros havia sido incendiado em uma trilha da região.
“Conseguimos identificar a placa, apesar dos danos. O modelo e a cor coincidem, e a dinâmica leva a crer que esse veículo foi utilizado no homicídio”, afirmou o militar.
Atuação de Kamila
Conforme informações publicadas em um perfil em rede social, Kamila atuava como advogada desde 2019, nas áreas de Direito Civil, Família, Trabalhista e Criminal.
Ela se formou pela Escola Superior Dom Helder Câmara, possui pós-graduação em Direito Processual Civil pela Faculdade Líbano e é mestranda em Direito pela FUNIBER.
No mesmo perfil, a advogada informou que também estava cursando Ciências Contábeis. “Tenho experiência prática na condução de processos, atendimento ao cliente, elaboração de peças, acompanhamento de audiências e resolução de conflitos”, escreveu.
OAB se posicionou
Em nota assinada pelo presidente Gustavo Chalfun,
“Precisamos transformar essa dor em luta. É urgente discutir medidas de segurança para que advogadas e advogados possam exercer sua missão constitucional sem medo. Esse debate passa, inclusive, pela isonomia com o Ministério Público e a Magistratura no porte de armas, garantindo que também a Advocacia tenha o direito de defesa diante da escalada de violência”, aponta a nota, que cobra ainda o Poder Legislativo.