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Caso torta de frango: morte de idosa não muda rumo da investigação, diz PC

A cerimônia de despedida de Cleuza Maria de Jesus Dias ocorrerá no Cemitério da Paz, no bairro Caiçara, na região Noroeste, nesta quarta-feira (28)

Torta de frango pode ter deixado três pessoas em estado grave

A morte de Cleuza Maria de Jesus Dias, de 75 anos, que passou mal após comer uma torta de frango em abril, não alterou os rumos da investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). “As investigações seguem em andamento dentro das mesmas linhas de apuração para a elucidação dos fatos”, informou a corporação nessa terça-feira (27).

Os sobrinhos da idosa, Fernanda Isabella de Morais Nogueira, de 23 anos, e José Vitor Carrilho Reis, de 24, também consumiram o salgado e foram hospitalizados em estado grave. O estado de saúde de ambos não foi divulgado.

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Velório

Cleuza Maria faleceu nessa terça-feira (27) e será velada nesta quarta (28), em Belo Horizonte. A cerimônia de despedida será realizada a partir das 10h30 no Cemitério da Paz, no bairro Caiçara, na região Noroeste da capital. Ela estava internada desde 22 de abril, foi entubada, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e não resistiu.

Relembre o caso

No dia 21 de abril deste ano, Fernanda Isabella e José Vitor compraram uma torta de frango na Padaria Natália, localizada no bairro Serrano, região da Pampulha, em Belo Horizonte, e levaram o alimento para a casa de Cleuza Maria.

Após perceberem que a torta apresentava sinais de deterioração, os jovens retornaram ao estabelecimento e a devolveram. No dia seguinte, os três passaram mal e foram internados em estado grave.

A padaria, que funcionava sem alvará sanitário, foi interditada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Na época, o proprietário e o padeiro foram ouvidos e liberados pela Polícia Civil.

Ainda não se sabe o que causou a intoxicação. Exames para detectar a presença de substâncias como chumbinho e toxina do botulismo deram resultado negativo, segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Em 20 de maio, a SES informou que outras possíveis causas de intoxicação ainda estão sendo analisadas. “Caso o Instituto Adolfo Lutz (IAL) não disponha das metodologias necessárias, o Ministério da Saúde já foi consultado sobre a possibilidade de encaminhar as análises para outros centros de referência no país”, afirmou a pasta.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.