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Justiça determina suspensão de cobranças da agência ViagensPromo após denúncias

Desde o início deste ano, a empresa passou a cancelar reservas, interromper a execução de pacotes turísticos e a deixar de cumprir compromissos com fornecedores, especialmente, em relação à hospedagem e transporte aéreo

Aeroporto de Confins

A Justiça determinou a suspensão imediata das cobranças realizadas pela agência ViagensPromo, sediada em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, referentes a serviços turísticos não prestados. A decisão, obtida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi divulgada nesta sexta-feira (23) e atende a uma série de denúncias de consumidores e prestadores de serviço.

Entre as medidas impostas pela Justiça estão a suspensão de qualquer cobrança feita a clientes com domicílio em Divinópolis que contratos não tenham sido cumpridos, além da exigência de que a empresa envie, em até dez dias, a lista completa de instituições financeiras e bancárias com as quais mantém relações comerciais para o recebimento de valores.

Caso a ViagensPromo descumpra a decisão, o MPMG poderá acionar o Banco Central do Brasil para que sejam bloqueadas cobranças em cartões de crédito e boletos vinculados a contratos não executados. A empresa terá cinco dias, a partir da notificação, para apresentar defesa e indicar provas.

Denuncias

As medidas judiciais foram tomadas após uma onda de reclamações. Desde março deste ano, agentes de viagens e fornecedores denunciam calotes milionários por parte da operadora, especializada na intermediação de hospedagens, passagens aéreas e transporte terrestre. No site Reclame Aqui, a ViagensPromo acumula mais de 250 queixas, muitas registradas por prestadores de serviço.

Uma das empresas afetadas, uma transportadora que procurou a Itatiaia, afirma ter cerca de R$ 300 mil a receber. Na ocasião, Gol Linhas Aéreas suspendeu voos fretados operados pela agência.

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Hamilton Saliba, proprietário da Saliba Viagens — parceira da ViagensPromo há sete anos —, afirma estar sem receber desde dezembro de 2024. Ele também estima um prejuízo de R$ 300 mil.

Outro lado

A reportagem tenta contato com a agência ViagensPromo e aguarda posicionamento.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.