Inscrições para famílias interessadas em acolher crianças e adolescentes em BH começa nesta quarta

As famílias interessadas em acolher crianças e adolescentes já podem se inscrever no Serviço Família Acolhedora. As inscrições estão abertas a partir desta quarta-feira (23) e duram até o dia 7 de maio. O serviço é uma alternativa ao acolhimento institucional, proporcionando um ambiente familiar durante períodos de transição.

Para participar do Serviço Família Acolhedora, as famílias precisam passar por uma capacitação e pelo acompanhamento da equipe técnica, além de ter o desejo de realizar o acolhimento temporário, sem a intenção de adotar. Também existem critérios técnicos, que são os seguintes:

• As famílias ou indivíduos devem ser residentes em Belo Horizonte há pelo menos 2 anos;
• O responsável deve ter no mínimo 21 anos de idade, sem antecedentes criminais;
• Deve haver concordância de todos os membros da família sobre o acolhimento.

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A ideia do programa é que, ao invés de ir para uma instituição de acolhimento, a criança ou o adolescente afastado da família por situações de risco seja recebida em um lar temporário enquanto a situação é resolvida pela Justiça. Ou seja, o objetivo não é a adoção, mas apoiar temporariamente, até que o menor de idade possa voltar para a família de origem ou que seja encaminhada para família substituta.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reconhece a importância dessa vivência e prioriza o acolhimento em família por entender que vínculos afetivos e convivência comunitária são essenciais para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes.

Para se tornar uma Família Acolhedora as famílias podem entrar em contato com a equipe do Serviço Família Acolhedora e tirar todas as dúvidas pelos telefones (31) 3423-8618 e (31) 99970-9266 - whatsapp, ou pelo e-mail familiasacolhedorasadm@providens.org.br. Detalhes completos sobre a iniciativa estão disponíveis no site oficial.

Como funciona o acolhimento

• Capacitação: antes de acolher, a família participa de uma formação que aborda aspectos legais, emocionais e práticos do acolhimento;
• Acompanhamento constante: a equipe técnica oferece suporte psicológico e social durante todo o período de acolhimento;
• Apoio para o cuidado diário: a família acolhedora conta com o apoio de um subsídio oferecido pela Prefeitura de BH durante o período do acolhimento, para ajudar nas despesas do cuidado diário com a criança ou adolescente;
• Duração do acolhimento: o tempo varia conforme as necessidades da criança e as decisões judiciais, sempre buscando soluções definitivas;
• Encerramento: o acolhimento termina quando a criança pode retornar à família de origem ou seguir para outra medida protetiva, como a adoção.

PBH quer aumentar número de famílias participantes

Atualmente, Belo Horizonte tem baixo número de famílias habilitadas para o programa - são 26 jovens contemplados, sendo 52 famílias habilitadas. No total, são 41 abrigos com mais de 450 crianças. Em resposta, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) tem intensificado seus esforços para incentivar novas habilitações.

Já no Brasil, apenas 6% das crianças e adolescentes acolhidos estão inseridos no serviço de família acolhedora. Diante dessa realidade, o Conselho Nacional de Justiça estabeleceu uma meta ambiciosa para 2025: aumentar esse percentual para 25%. Essa proposta leva em consideração o impacto positivo que essa modalidade de acolhimento tem na vida dos jovens atendidos.

*Sob supervisão de Lucas Borges