O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o
A campanha, que terá início neste sábado,
Estiveram presentes a promotora de Justiça e coordenadora do CAO-VD, Denise Guerzoni, o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Paulo de Tarso Morais Filho, além dos mascotes dos clubes e representantes da rede de proteção à mulher vítima de violência.
Com a nova campanha, atletas e todos os funcionários dos times vão passar por uma capacitação do MP para letramento sobre machismo e os diversos tipos de violência contra a mulher (física, psicológica, moral, sexual e patrimonial). Também neste sábado, serão exibidas faixas no campo com mensagens da campanha e, no telão do estádio, um vídeo será transmitido pedindo que toda violência contra a mulher seja denunciada.
Lançada em março, mês da Mulher, a campanha deve durar até novembro deste ano, com novas ações sendo planejadas para os jogos do Campeonato Brasileiro.
O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Paulo de Tarso Morais Filho, presente no lançamento da campanha falou sobre o poder social do futebol em uma causa social tão importante.
Ainda segundo o procurador-geral, a ideia é que os atletas se doem de alma sobre a causa. “A gente espera que tenha um efeito muito positivo, que os atletas, que quem for envolvido nessa campanha que se doe de alma”.
Casos de feminicídios em Minas Gerais
Conforme o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Minas Gerais é o segundo estado do país com maior número de ocorrências de feminicídios, atrás apenas de São Paulo.
Segundo dados, em 2023, 183 mulheres morreram no estado. Já em dezembro de 2024, o governo do estado anunciou uma queda de 24%, até setembro, nos registros de mortes femininas.
Entretanto, o número de tentativas desse tipo de crime teve um aumento expressivo de 62,18% no mesmo período.
De janeiro a novembro de 2024, a Polícia Civil (PC) indiciou mais de 27 mil pessoas por violência contra a mulher. Dentre as principais dificuldades na denúncia dos crimes contra a mulher estão o receio da falta de acolhimento pelas autoridades, a insegurança financeira e o medo da revitimização.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, a cada seis horas é registrado um assassinato de mulher.