A Itatiaia conversou com a diarista de 22 anos que
O militar alega que a relação foi consensual. Ele foi
A vítima contou que foi ao estabelecimento para realizar uma faxina e que já havia ido lá no final do ano passado.
A diarista descreveu que o PM consumiu bebidas alcoólicas antes do abuso e que apresentava um comportamento que ela julgou como estranho.
Em um determinado momento, ela conta que ele passou a bunda na mão dela. “Eu falei para ele que não, que eu só estava lá para trabalhar”, conta. Depois, a mulher se trancou no banheiro.
Quando saiu, o militar pegou o celular da mão dela e apagou a conversa com o esposo. Depois, a diarista conta que foi abusada.
“Ele me ameaçou, colocou a arma na minha cintura, falou para eu ficar quieta, que o que ele ia fazer ia ser rápido e para eu não falar nada, e só para eu abaixar a minha roupa. E assim que abaixei, ele me empurrou para cima do balcão e começou o ato com a arma ainda na minha cintura”, detalha.
A vítima conta que foi ameaçada de morte pelo homem “Ele falou que ia ser um segredo nosso, que eu não poderia contar para ninguém, que eu sabia que ele era policial, que não ia acontecer nada com ele e que, caso eu falasse com alguém e ele ficasse sabendo, ele iria atrás de mim para me matar”.
“Depois que aconteceu isso, por mim eu nem trabalharia mais. É traumático, você não sabe o que vai acontecer, você não tem controle nenhum”.
Delegacia e hospital
Ao chegar em casa “chorando desesperadamente”, a mulher contou do abuso para o marido, que a acompanhou até uma delegacia.
Os policiais aconselharam a diarista a procurar atendimento médico, e ela foi ao Hospital Odilon Behrens, onde passou por exame.
O militar foi identificado após a vítima encontrar os dados dele por meio de um pagamento via Pix, por conta do serviço prestado por ela no final do ano passado.
Versão do suspeito
Conforme registrado em boletim de ocorrência, o militar contou que os dois conversaram sobre fetiche e trocaram indiretas de cunho sexual. Ele disse que ato sexual foi consensual e argumentou que a loja está localizada em um prédio com outras salas comerciais, o que tornaria improvável a ocorrência de violência sem que ninguém percebesse.
PM foi ouvido e liberado
Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito foi conduzido e ouvido por meio da Delegacia Especializada de Plantão de Atendimento à Mulher e, em seguida, liberado. Um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos.
O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Plantão de Atendimento à Mulher.
A Polícia Militar informou, também em nota, que o “fato envolve policial militar fora do horário de serviço e que a corporação, ao tomar conhecimento, via 190, acolheu a vítima e conduziu o policial para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, para as providências cabíveis”.
* Com informações de Oswaldo Diniz e Rômulo Ávila