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Diarista acusa PM de estupro durante faxina em BH

Policial nega o crime e diz que relação sexual foi consensual

Caso está com Delegacia Especializada de Plantão de Atendimento à Mulher

Uma diarista de 22 anos registrou Boletim de Ocorrência (BO) de estupro contra um policial militar, de 33. Conforme o documento, o caso ocorreu nessa quarta-feira (26), quando a mulher limpava uma loja do militar, no bairro Santa Rosa, na região da Pampulha de Belo Horizonte. O policial alega que a relação foi consensual.

A mulher relatou no BO que foi chamada para realizar serviços de limpeza na loja, onde já havia trabalhado em dezembro de 2024. Ao chegar, percebeu que o militar a observava constantemente e bebia o que parecia ser uísque. Após concluir o serviço, ainda conforme relato dela no BO, o militar tomou o aparelho celular dela, a colocou no balcão, encostou uma arma em suas costelas e a obrigou a tirar a roupa, consumando a conjunção.

Após o ato, o policial disse que a mataria, caso ela contasse para alguém sobre o ocorrido. Ainda conforme o BO, ela foi para casa, o marido percebeu que ela estava diferente e ela, então, contou o que tinha ocorrido. O casal seguiu para hospital Odilon Behrens, na região Noroeste da capital, onde a diarista passou pelos protocolos de vítimas de violência sexual e foi coletado material genético.

A identificação do policial como o suspeito foi possível após a diarista recordar de um (PIX) realizada por ele em um serviço anterior.

Versão do PM

No BO, o militar contou que os dois conversaram sobre fetiche e trocaram indiretas de cunho sexual. Ele disse que ato sexual foi consensual e argumentou que a loja está localizada em um prédio com outras salas comerciais, o que tornaria improvável a ocorrência de violência sem que ninguém percebesse.

O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Plantão de Atendimento à Mulher.

Ouvido e liberado

Em nota, a Polícia Civil informo que o suspeito foi conduzido e ouvido por meio da Delegacia Especializada de Plantão de Atendimento à Mulher e, em seguida, liberado. Um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos.

Já a PM informou, também em nota, que o ‘fato envolve policial militar fora do horário de serviço e que a corporação, ao tomar conhecimento, via 190, acolheu a vítima e conduziu o policial para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, para as providências cabíveis’.

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Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.
Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.