Cerca de 17 mil metros quadrados de áreas pichadas já foram revitalizados em Belo Horizonte — o equivalente a dois estádios de futebol. Os principais alvos dos pichadores são os viadutos das avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, devido à grande visibilidade dessas regiões. No entanto, pontes e passarelas espalhadas pela cidade também sofrem com a ação dos vândalos.
Esse problema, no entanto, não é novo. Apenas no ano passado, a capital mineira registrou, em média, uma ocorrência por dia envolvendo crimes contra o patrimônio, como pichações e depredações, segundo a Guarda Civil Municipal.
O responsável pelo serviço especial de limpeza da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Alberto Sabino Gonçalves, explicou como é feita a revitalização dessas áreas.
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“Nossa fiscalização é diária e realizada em campo. Durante as vistorias, identificamos os pontos com maior nível de sujeira e vandalismo. Medimos a área, registramos fotos e, com esse material, geramos uma ordem de serviço que é encaminhada para a empreiteira responsável. A execução é feita já no dia seguinte”, detalhou.
Até julho de 2025, a SLU já havia emitido 69 ordens de serviço. As equipes de limpeza são formadas por três pessoas, com o apoio de uma van equipada com tintas, pincéis, rolos e alongadores para alcançar áreas mais altas. O processo consiste em cobrir as pichações com tinta, ajustando o tom à cor da estrutura, como viadutos e passarelas.
“Um exemplo clássico: hoje estamos atuando na região da rodoviária de Belo Horizonte. A ordem de serviço gerada foi de cerca de mil metros quadrados. Levaremos entre dois e quatro dias para concluir a revitalização, deixando o local visualmente limpo e recuperado”, disse Gonçalves.
Para tentar frear a ação dos pichadores, a Prefeitura de BH, a Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar contam com o apoio da população. Denúncias podem ser feitas pelo aplicativo da PBH, pelo telefone 153 (Guarda Municipal) ou pelo 190 (PM).
Pixar ou depredar espaços públicos é crime, com pena prevista de reclusão e multa.