O influenciador com mais de 100 mil seguidores Lucas Barcelos Barbos
Gabriella morava na Itália e passava alguns dias no Brasil. Em 26 de junho, a Polícia Militar (PM) foi até o local após um vizinho perceber o sumiço dela. O morador sentiu um forte cheiro vindo do apartamento dela. Ao entrar no imóvel, os policiais encontraram Gabriella “deitada em sua cama no quarto com um cobertor enrolado em seu corpo”.
Após meses de investigação, o delegado Lucas Daniel Alves Nunes, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), disse que um encontro foi marcado entre a vítima e o suspeito. “O que aconteceu foi o seguinte: ela encontrou com o autor e levou o autor até a residência dela. Lá, eles tiveram um desentendimento”, disse. Ele ficou no imóvel entre 5h e 8h.
Após a morte de Gabriella, Lucas passou a tomar o patrimônio da vítima. “A gente não consegue precisar se a motivação seria a lapidação do patrimônio, mas fato é que ele começa a se aproveitar disso logo depois”, disse. Na mesma data do crime, conforme o delegado, o influenciador pegou o carro dela, saiu com o veículo e emprestou para amigas.
“Ele vai até o apartamento, pega alguns itens que acreditava serem mais valiosos, como perfumes que estavam com preço em euro e objetos eletrônicos”, explicou. A polícia também descobriu movimentações nas contas bancárias da vítima.
O delegado não soube precisar qual era o relacionamento dele com a vítima. “Eram próximos. Não sabemos se é amoroso ou de amizade”, acrescentou. Isso explicaria a falta de sinal de arrombamento do apartamento. “Mas houve um desentendimento lá. Alguns objetos estão revirados, a unha de gel dela estava quebrada, ela tinha escoriações na pele e estava com o cabelo postiço retirado”, disse.
Depois disso, Lucas fugir da capital mineira e deletou as redes sociais. Sendo assim, o homem ainda não foi ouvido e segue foragido. Ele foi indiciado por homicídio triplamente qualificado na qualificação por motivo fútil, asfixia também e ação dissimulada que impossibilitou a defesa da vítima. Se condenado, a pena pode chegar a 30 anos.