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Polícia apura se mais pessoas espancaram flamenguista em bar de BH; três foram presos

Espancamento ocorreu em um bar na avenida Sebastião de Brito, no bairro Dona Clara, na região da Pampulha

Torcedor do Flamengo é espancado por atleticanos

A Polícia Civil investiga se mais pessoas participaram das agressões que deixaram o flamenguista Richard Bastani, de 50 anos, em estado grave. O espancamento ocorreu em um bar na avenida Sebastião de Brito, no bairro Dona Clara, na região da Pampulha, após a final da Copa do Brasil, no último domingo (10). Três agressores foram presos.

Em nota enviada à Itatiaia nesta terça-feira (12), a Polícia Civil que a investigação prossegue ‘com a realização de outras diligências necessárias à elucidação do caso’.

“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) recebeu, por meio da Central Estadual do Plantão Digital, a ocorrência atendida e registrada pela Polícia Militar, na noite do último domingo (10/11), no bairro Dona Clara, em BH. Três homens com idades de 32, 35 e 37 anos foram conduzidos, ouvidos e autuados em flagrante delito, a princípio, por lesão corporal de natureza grave e, em seguida, encaminhados ao sistema prisional, onde ficaram à disposição da justiça para as medidas legais cabíveis”, diz trecho da nota da PC.

O relatório de transferência feito no hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, descreve a gravidade das lesões e traumas sofridos pelo torcedor.A Itatiaia teve acesso ao documento, que cita trauma cranioencefálico com ‘sinais de alarme e perda de consciência’.

O exame de Tomografia Computadorizada apontou fratura do assoalho da órbita direita e foco hemorrágico. “Paciente necessita de transferência para hospital com suporte de neurocirurgia, ortopedia e cirurgia plástica”, diz o documento.

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Esposa atleticana

Inconformada e indignada, a esposa de Richard, Verusca de Almeida Bastani, que é torcedora do Atlético, pede Justiça.

“Se tivesse sido um acidente de carro, um atropelamento, uma queda, seria lamentável, mas acidentes acontecem. A ferida física não está em mim, mas, mesmo se tivesse sido comigo, ainda assim acho que o que dói mais é saber que existe um ser humano capaz de fazer isso com outro ser humano. Nosso advogado já esteve hoje lá no Ceresp onde eles estão detidos e agora esperamos que a Justiça seja feita”, disse.

A esposa conta que ela e o marido estavam com a filha e o genro, mas sequer tiveram oportunidade de se sentar.

“Meu marido é flamenguista, as minhas filhas também são flamenguistas, eu sou atleticana e, obviamente, está tudo bem. Cada um escolhe o time que quer torcer. Eles foram para um bar aqui perto, no bairro Dona Clara, ali na rua Sebastião de Brito para comemorar. Mas o Richard não teve nem a oportunidade de sentar na cadeira do bar. Algumas pessoas usando camisa do Atlético começaram a cantar músicas ofensivas, ele não deu trela”, conta Verusca, que continuou.

“Acho que eles ficaram incomodados com a indiferença do Richard e jogaram o copo de cerveja. Quando o Richard virou o rosto para ver quem tinha jogado o copo de cerveja, já recebeu o primeiro golpe. Ele caiu no chão e aí foi só chute e pancada. No que ele colocou o braço para defender o rosto, daí vieram as múltiplas fraturas no braço, levou um chute de um outro agressor muito covarde. Pego no gosto dele, quebrou o osso da face próximo ao olho, que está muito inchado e tem um sangramento intracraniano”, disse.

Em um depoimento, os três homens afirmaram que foi o flamenguista quem iniciou os ataques, versão rebatida pela família de Richard. Um dos presos confessou que deu um chute no rosto da vítima.


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Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.
Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.