Os casos de hepatite A dispararam em Belo Horizonte em 2025. De janeiro a setembro, já foram confirmados 273 registros da doença, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). O número chama a atenção porque em todo o ano passado foram 179 ocorrências, e em 2023, apenas seis.
A hepatite A é transmitida principalmente pelo consumo de água e alimentos contaminados, mas também pode ocorrer em situações de risco, como em algumas práticas sexuais sem proteção.
Leia também:
O diretor de Promoção à Saúde e Vigilância Epidemiológica da capital, Paulo Roberto Correia, explica que a doença, em geral, é autolimitada, mas pode evoluir de forma grave, especialmente em adultos.
“Principalmente em adultos, a hepatite A pode ter formas graves que levam à internação e, em alguns casos, infelizmente, até ao óbito”, destacou.
Sintomas mais comuns
De acordo com o especialista, muitas crianças podem apresentar quadros assintomáticos, mas em adultos e idosos os sinais costumam ser mais evidentes: mal-estar; febre; dor no corpo; diarreia e vômitos; icterícia (pele e olhos amarelados) e urina escura.
Não há tratamento específico para a hepatite A, apenas o alívio dos sintomas. Em casos mais graves, pode ser necessária a internação.
“É fundamental procurar assistência médica, realizar exames de sangue e monitorar a gravidade do quadro. Todas as unidades de saúde de Belo Horizonte estão aptas a identificar casos suspeitos, realizar exames e acompanhar os pacientes”, ressaltou Correia.
Vacinação disponível
A vacina contra a hepatite A faz parte do calendário de rotina infantil, sendo aplicada em dose única em crianças de 1 a 4 anos. Além disso, está disponível para usuários de PrEP (profilaxia contra HIV/Aids); pessoas transplantadas e pacientes com doenças hepáticas crônicas.