Um amigo de infância do professor de educação física suspeito de aplicar o golpe da ‘compra falsa de cerveja Heineken’ está entre as dezenas de vítimas. O assistente de logística, que não será identificado, comprou a bebida para o casamento dele, que vai acontecer neste final de semana. No entanto, dias antes da cerimônia, descobriu que a bebida da festa não seria entregue.
“Comprei a cerveja do casamento com ele em fevereiro, passei o dinheiro e ele disse que depois faria o pedido na Heineken e me entregaria. Eu já tinha pegado cerveja com ele para Natal, Ano Novo e sempre deu certo. Dessa vez, pedi a cerveja em fevereiro para em entregar no casamento, que é neste sábado (28). Mas não foi entregue. Só fiquei sabendo que não seria entregue pela esposa dele, depois que tudo veio à tona”, disse.
O prejuízo do assistente foi de R$ 2.672. O
Conforme apurado pela Itatiaia, todas as vítimas são pessoas conhecidas do suspeito, algumas com mais de 20 anos de amizade. O golpe, que se assemelha a uma pirâmide financeira, começou a ser aplicado neste ano. O professor de educação física é filho de uma proprietária de um bar famoso na cidade e, para enganar os amigos, dizia que comprava cerveja Heineken por um preço bem abaixo do mercado e que tinha fechado para fornecer a bebida para um buffet semanalmente. Assim, chamava as pessoas para entrar no ‘negócio’, oferecendo boa margem de lucro (comprava a caixa por R$ 140 e vendia por R$ 240). O negócio foi oferecido a quase trinta conhecidos individualmente, sem que um soubesse do outro.
Conforme relatos de vítimas, o golpe foi descoberto em razão dos atrasos do pagamento e depois que confirmaram que o professor tinha oferecido o mesmo ‘negócio da venda da cerveja’ para várias pessoas.
As vítimas criaram um grupo de Whatsapp e se organizam para entrar na Justiça. Vários boletins de ocorrência foram registrados. Em um deles, feito em conjunto por quatro vítimas, o prejuízo chega a R$ 700 mil.
Internado?
Desde quando o caso foi descoberto, o suspeito de estelionato não é mais visto em Ibirité. No boletim de ocorrência feito em conjunto, as vítimas relatam que a família disse que o professor de educação física estava internado.
“Falaram que ele estava sendo internado por vício em apostas esportivas, mas ninguém acredita que ele realmente está internado”, disse uma das vítimas à Itatiaia.
Bar fechado
Em razão da repercussão do caso na cidade, o bar da mãe do suspeito está fechado.
A reportagem entrou em contato com o suspeito, mas teve retorno até o fechamento dessa reportagem. Procurada, a esposa do professor de educação física não quis se manifestar. O espaço segue aberto.