A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu as investigações sobre a empresária Samira Monti Bacha Rodrigues,
Em nota à Itatiaia, a corporação confirmou que a suspeita foi indiciada e o caso levado à Justiça. “A Polícia Civil de Minas Gerais informa que as investigações competentes à Primeira Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes foram concluídas e enviadas à Justiça e que no momento o processo segue em segredo de justiça, motivo pelo qual não haverá pronunciamentos”, informou a PC.
Lavagem de dinheiro e apartamento de luxo: saiba quem é empresária suspeita de desviar R$ 35 milhões
Conforme o portal g1, a empresária foi indiciada pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato. Samira tinha sido presa em 25 de junho, mas foi solta dias depois. Após indiciar a empresária, a PC pediu à Justiça para que ela fosse presa novamente.
Procurada pela Itatiaia, a defesa de Samira Bacha se manifestou por meio de nota (confira na íntegra abaixo).
Samira Monti Bacha e sua família respeitam as decisões judiciais e seguirão buscando a reposição da verdade pelos meios adequados.
Samira e sua família manifestam profunda indignação com o vazamento de informações confidenciais do processo judicial com o intuito de prejudicá-la e tolher seu direito de defesa.
Quem é Samira Bacha?
Samira Bacha Rodrigues, de 40 anos, é apontada como a mentora intelectual da quadrilha. Ela começou a ser investigada pela polícia após um representante do grupo empresarial em que ela era sócia denunciá-la por desvio de dinheiro. O grupo é composto de três empresas que trabalham com cartões de benefícios, cartões de créditos e antecipação de recebíveis.
Com o auxílio de informações da auditoria da empresa, policiais civis identificaram que os valores desviados teriam sido convertidos ou ocultados em bens de luxo, como carros, viagens internacionais, joias e metais preciosos.
Suspeita lavava dinheiro com joias e outros itens de luxo
De acordo com o delegado Alex de Freitas Machado, Samira comprava joias e outros bens de alto valor, como bolsas e relógios caros, para lavar o dinheiro desviado. Ela também passou a fazer várias viagens para Dubai com o mesmo objetivo. ‘Nós obtivemos documentação, de que ela fez compras em Dubai de 150 e 180 mil dólares’, explicou Machado.
Nas viagens a Dubai, a suspeita trouxe várias joias e se associou com uma joalheria na região de Nova Lima. As investigações também apontam que Samira comprava e lucrava com os cartões de créditos da empresa. Quando chegava a fatura, ela mandava cancelar e renovar o crédito.
‘Nós verificamos que ela não conseguia comprovar a origem desse material, não tinha sequer uma nota fiscal para se apresentada para os policiais’, conclui o delegado da PC.
‘Operação Dubai’
Durante a deflagração da ‘Operação Dubai’, no dia 25 de junho, a Polícia Civil prendeu seis pessoas: Samira, a mãe e o pai dela, o marido, os irmãos, além da dona de uma joalheria em Nova Lima. Os agentes também cumpriram 17 mandados de busca e apreensão na cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Durante o cumprimento dos mandados a PC também apreendeu dinheiro, joias, pedras preciosas, documentos e computadores em 13 imóveis visitados.
Com a mulher, diversas de bolsas de grife, que valem de R$ 40 mil a R$ 200 mil, relógios de marcas famosas, dinheiro em espécie, uma pulseira de diamantes e um carro de R$ 600 mil foram encontrados no local. O valor de todo material apreendido é estimado em R$ 15 milhões, segundo a PC.