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Projeto conta ‘história cotidiana’ de BH com resgate de fotos antigas de ônibus da cidade

‘Memória do Transporte Coletivo BH’ reúne acervo de centenas de imagens históricas de Belo Horizonte

SA01, a primeira linha exclusivamente auxiliar de BH | Praça da Estação

A “história cotidiana” de Belo Horizonte contada a partir do resgate de fotos antigas de linhas de ônibus do transporte coletivo. Esse é o objetivo do projeto “Memória do Transporte Coletivo BH”, que reúne um acervo de centenas de imagens e compartilha pelas redes sociais.

Do caso do primeiro ônibus a gás que rodou pelas ruas da capital e de linhas que marcaram gerações, mas foram desativadas, a registros que captaram a moda, o design e o espírito de um tempo, as fotos mexem com as lembranças e causam nostalgia em muita gente.

Em entrevista à Itatiaia, o responsável pelo projeto, Rafael Delazari, jornalista de 42 anos, conta qual a importância do trabalho realizado.

“O transporte coletivo faz parte da paisagem urbana, e o nosso cotidiano é construído nestas paisagens. O resgaste de registros fotográficos é trazer a de volta a importância da história cotidiana de Belo Horizonte”, afirmou.

Analisar o passado para entender o presente

O transporte coletivo de Belo Horizonte é sempre pauta de frequentes discussões, como Tarifa Zero e os melhores modelos para a realização da concessão para as empresas, por exemplo.

Rafael responde que a análise cuidadosa do passado da mobilidade da cidade traz ensinamentos valiosos para o presente.

“O transporte coletivo contribui muito para o desenvolvimento de regiões ao valorizar determinados fluxos. E também que o passageiro não é só um mero usuário, no ônibus ele também constrói as suas memórias. Na hora que o empresariado entender esta valorização, o transporte da cidade pode ser melhorado”, disse.

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Projeto nasceu na pandemia

O projeto Memória do Transporte Coletivo BH nasceu de uma parceria de Rafael Delazari com outros entusiastas do transporte de Belo Horizonte. Durante a pandemia, o grupo se juntou para “buscar, organizar e compilar informações relativas à história das linhas da cidade”.

“Com passar do tempo, percebemos que estas informações devem ser de fácil acesso a outras pessoas, e não só aos entusiastas do transporte. E nada melhor que o resgate de fotos e vídeos e contando pequenas informações referente a foto para o público ter acesso”, afirmou.

Atualmente, o perfil do Instagram da iniciativa possui quase sete mil seguidores e conta com grande engajamento do público que o acompanha.

Os leitores fazem frequentes contribuições para a página. Muitas das imagens do acervo foram cedidas por outros colaboradores: “Vários deles tem uma relação sentimental com alguma linha de ônibus, alguma empresa e possuem fotos de acervos pessoais”, disse Rafael.

  • Clique aqui e acesse a página do projeto Memória do Transporte Coletivo BH no Instagram
Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.