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Chacina em Neves: inquérito da PC conclui que criminosos planejavam matar adultos e crianças em festa infantil

A chacina que resultou a morte de três pessoas ocorreu durante uma festa infantil no dia 23 de maio em Ribeirão das Neves, na Grande BH

Três pessoas morreram e quatro ficaram feridas no ataque ligado à guerra do tráfico de drogas no Morro Alto, em Vespasiano

A Polícia Civil conclui o inquérito que investigou a morte de duas crianças e um homem durante uma festa infantil em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os homicídios ocorreram na noite do dia 23 de maio deste ano.

Três pessoas morreram e quatro ficaram feridas no ataque ligado à guerra do tráfico de drogas no Morro Alto, em Vespasiano. Entre as vítimas fatais, estão um homem de 26 anos, o filho dele de 9 anos que era a aniversariante e a prima de 11 anos da criança.

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (9), a PC afirmou que a chacina ‘não foi uma ação errada’, ou seja, os criminosos planejavam atirar e ferir várias pessoas, sendo elas adultas ou crianças.

‘Em momento algum foi direcionado a uma única pessoa. Foi uma conduta que desde o início foi marcada para tirar a vida do maior número de pessoas’, disse o delegado Marcus Vinícius Silva Rios. Além dos depoimentos de testemunhas, que comprovam a conclusão da PC, as armas usadas tinham capacidade de atirar em regime de ‘rajada’.

De acordo com as investigações, a ação criminosa foi praticada por bandidos que atuam no tráfico de drogas no Morro Alto, em Vespasiano, onde inclusive morava o ‘alvo principal’, Filipe Junior Moreira Lima, de 26 anos. Ele era um ex-parceiro dos mandantes do Morro Alto e tinha tido um desentendimento há alguns anos com os criminosos.

No entanto, a motivação do crime seria para ‘eliminar’ qualquer pessoa associada ao Morro Alto que era contra volta de um traficante expulso. A ação seria em apoio a um mandante da Vila Joana D’arck, região do Barreiro em BH que está preso.

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Festa infantil

A ação dos criminosos ocorreu durante a festa de aniversário de 9 anos de Heitor Felipe. O menino tinha o sonho de ser jogador de futebol e era torcedor do Cruzeiro. Ele foi destaque como atacante na escolinha do rival, Atlético e atualmente treinava em uma escolinha conveniada ao América.

Além dele, Laysa Emanuele Pereira de Oliveira, de 11 anos, prima de Heitor, e pai de Heitor, vulgo Melese, pai de Heitor, morreram.

Outras pessoas foram atingidas e sobreviveram. Uma mulher continua internada.

Oito réus

Em decisão foi assinada no dia 28 de junho por Fernanda Chaves Carreira Machado, da 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Ribeirão das Neves, os oito suspeitos se tornaram réus e passam a responder por vários crimes, entre eles três homicídios qualificados.

Três deles estão presos, incluindo Ivone Silva de Almeida, que teria sido a responsável por passar para os autores do ataque a localização da festa e a informação de que o alvo dos criminosos estava naquele local.

Yago Pereira de Souza Reis, que foi baleado por ‘fogo amigo’ durante o ataque e Pedro Paulo Ferreira Lima, o ‘Paulinho Satã’, suspeito de ser o mandante do ataque também estão detidos. Outros cinco estão foragidos, são eles:

  • Agnes Danrlei Santos Nascimento (‘Biscoito’);
  • Flávio Celso da Silva (‘Alemão’);
  • Leandro Roberto da Silva (‘Beirola’);
  • Marcelo Alves Rodrigues (‘Tio Gordo’ ou ‘Bola 7’);
  • Fabiano Alves Campos

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde
Cursou jornalismo no Unileste - Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais. Em 2009, começou a estagiar na Rádio Itatiaia do Vale do Aço, fazendo a cobertura de cidades. Em 2012 se mudou para a Itatiaia Belo Horizonte. Na rádio de Minas, faz parte do time de cobertura policial - sua grande paixão - e integra a equipe do programa ‘Observatório Feminino’.