O professor acusado de ter abusado de alunas em uma escola estadual, em São Francisco, no Norte do estado, tem histórico de importunação sexual e denúncia de estupro. Isso foi o que informou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Estudantes se manifestaram pelas ruas da cidade.
Ele foi encaminhado ao presídio de Montes Claros pelo professor nessa quarta-feira (9). A prisão preventiva, determinada pela justiça, ocorreu após uma representação do ministério público estadual.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), um dos abusos ocorreu no último sábado. A possível vítima é uma adolescente, de 12 anos.
Conforme o boletim de ocorrência, a menina disse que o professor passou a mão em sua cintura no momento em que os dois conversavam no pátio da escola, fato que teria sido presenciado por outras duas menores.
Após o caso vir à tona, surgiram novas denúncias de assédio sexual que teriam sido praticados pelo professor contra outras alunas, todas menores de 14 anos.
Ainda de acordo com o MP, o servidor público já tinha histórico de abusos sexuais e que várias mulheres possivelmente foram vítimas de importunação sexual ou estupro de vulnerável por mais de uma década, durante sua carreira como professor.
Os menores, os pais e testemunhas foram ouvidos.
Segundo a Secretaria de Estado de Educação, o professor denunciado foi afastado de suas funções desde o início da semana e enquanto durarem as investigações. Um processo administrativo foi instaurado Fundação Educacional Caio Martins, gestora da escola. Confira a nota completa
“A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) e a Fundação Educacional Caio Martins (FUCAM), gestora da Escola Estadual Doutor Tarcísio Generoso, no município de São Francisco, informam que o professor denunciado pela estudante já se encontra afastado de suas funções desde o início da semana e enquanto durarem as investigações. A direção da unidade tomou todas as medidas necessárias logo que tomou conhecimento do caso, acolheu a aluna e seus responsáveis e conversou com a Polícia Militar, que registrou a ocorrência. A Superintendência Regional de Ensino de Januária acompanha o caso, por meio da equipe de inspeção escolar, e a Fucam determinou a instauração de processo administrativo para aplicação das medidas administrativas cabíveis.”
O caso é acompanhado pela superintendência regional de ensino de Januária.
Procurado pela itatiaia, o advogado do professor informou que a prisão é abusiva e que dará o seu posicionamento assim que tiver conhecimento da integralidade dos autos de investigação.