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Caso Lorenza: médico acusado de falsidade ideológica é inocentado

Lorenza Maria de Pinho foi morta na madrugada do dia 2 de abril de 2021 por envenenamento

A defesa alegou que o médico não tinha interesse em acobertar o crime

O médico Itamar Tadeu Gonçalves, acusado de falsidade ideológica na morte de Lorenza Maria de Pinho, foi inocentado pela Justiça de Minas Gerais. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (21).

Segundo a advogada de defesa do profissional de saúde, Virginia Afonso, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) considerou que Itamar ‘cumpriu regularmente seu papel de socorrista e em nenhum momento teve o dolo de prejudicar’.

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“O Direito não pode exigir de um médico que ele pratique suas condutas de socorristas atento tão somente a uma conduta defensiva para se livrar de uma ação penal. A medicina defensiva não pode, em hipótese nenhum sobrepor a assistência médica. Portanto, justiça foi feita”, explica a advogada.

Ainda conforme a defesa, o médico atuou na tentativa de assistir a vítima e que não houve interesse em acobertar o crime.

Ouvido em BH

Itamar Tadeu foi ouvido em audiência de instrução e julgamento no Fórum Lafayette em maio deste ano. Na ocasião, assumiu que errou ao não encaminhar o corpo de Lorenza para o Instituto Médico Legal após constatada a morte da paciente, em abril de 2021.

Itamar disse ainda que chegou a ficar na dúvida sobre o que fazer e contou que acionou o SAMU, que não foi até o local porque o óbito já tinha sido atestado.

André de Pinho é condenado

Em 29 de março, o promotor André Luis Garcia de Pinho, 53, foi condenado pelo homicídio qualificado da própria mulher, Lorenza Maria Silva de Pinho, morta aos 41 anos após ser dopada e asfixiada no apartamento da família no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte, em 2 de abril de 2021.

O membro do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) está preso desde 4 de abril daquele ano e também recebeu condenação pelo crime de omissão de cautela por ter guardado uma arma de fogo no guarda-roupa de um de seus cinco filhos menores de idade.

Os 20 desembargadores que participaram do julgamento votaram a favor da condenação do promotor, resultando em unanimidade. O réu recebeu uma pena de 22 anos de prisão em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado.

Relembre o caso

Lorenza Maria de Pinho foi morta na madrugada do dia 2 de abril de 2021, no apartamento onde morava com o marido, no Bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. O casal teve cinco filhos.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML), apontou que a mulher foi envenenada. O corpo dela também apresentava lesões provocadas por estrangulamento.

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