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Caso Lorenza: André de Pinho já tinha premeditado o crime, afirma desembargador-relator do caso

Promotor André de Pinho foi condenado a 22 anos de prisão pelo feminicídio da esposa, Lorenza

Lorenza morreu no apartamento da família em BH em abril de 2021

O desembargador-relator do julgamento de André de Pinho, Wanderley de Paiva, comentou a condenação do promotor pelo feminicídio da esposa, Lorenza, com pena de 22 anos nesta quarta-feira (29). Segundo o relator, estava claro que houve premeditação do crime e frieza por parte do réu.

“Nós, juízes de carreira, formamos o nosso nosso convencimento pelos elementos de fato provados. Eu cheguei à conclusão de que havia, sim, autoria e materialidade, como eu expus no meu voto. Então, havendo autoria e materialidade, a condenação se impõe e depois a fixação da pena, que a gente olha pelas circunstâncias judiciais do artigo 59 e as agravantes e qualificadoras”, explicou.

André foi condenado por homicídio triplamente qualificado: feminicídio, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, ele também recebeu pena de um ano em regime aberto por omissão de cautela, após ter confessado que mantinha uma arma de fogo guardada no armário de um dos filhos, que na época era

“Ele tem que ser condenado por causa das provas dos autos e da premeditação, que ao meu ver ficou bem caracterizada. Quem estava recebendo o salário dele era uma colega que estava administrando a vida financeira. Na véspera da morte da Lorenza ele pediu a ela R$3 mil e, no outro dia de manhã, ele foi no preparatório do crematório e pagou, a nota fiscal tá no processo. Comprou a cachaça e chamou a ambulância no Mater Dei para trazer o aparelho para entubar uma mulher que já estava morta”.

Ouça entrevista completa:

Entrevista feita pela repórter Amanda Antunes