O médico Itamar Tadeu Gonçalves Cardoso, acusado de falsidade ideológica na morte de Lorenza Maria de Pinho, assumiu que errou ao não encaminhar o corpo de Lorenza para o Instituto Médico Legal após constatada a morte da paciente, em abril de 2021.
Itamar Cardoso foi ouvido nesta quarta-feira (3) em audiência de instrução e julgamento no Fórum Lafayette, no bairro Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele disse que, ao chegar na casa de Lorenza, constatou que ela já estava sem pulso. A equipe médica tentou reanimá-la, mas sem sucesso.
Itamar disse ainda que chegou a ficar na dúvida sobre o que fazer e contou que acionou o SAMU, que não foi até o local porque o óbito já tinha sido atestado. A audiência foi encerrada e o Ministério Público e a defesa devem apresentar as alegações finais, e só depois será dada a sentença.
Relembre o caso
Lorenza Maria de Pinho foi morta na madrugada do dia 2 de abril de 2021, no apartamento onde morava com o marido, no Bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. O casal teve cinco filhos.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML), apontou que a mulher foi envenenada. O corpo dela também apresentava lesões provocadas por estrangulamento.
Em 29 de março, o promotor André Luis Garcia de Pinho, 53, foi condenado pelo homicídio qualificado da mulher. O membro do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) está preso desde 4 de abril daquele ano e também recebeu condenação pelo crime de omissão de cautela por ter guardado uma arma de fogo no guarda-roupa de um de seus cinco filhos menores de idade.
O réu recebeu uma pena de 22 anos de prisão em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado.