Morre chimpanzé no zoológico de BH; leoa já havia falecido nessa terça (11)

Além das duas mortes de animais em dois dias, o zoológico já havia registrado o falecimento do elefante Jamba em junho deste ano

Zoológico de Belo Horizonte

Morreu, nesta quarta-feira (12), a chimpanzé Kelly, que vivia no zoológico de Belo Horizonte. A fêmea chegou a Minas Gerais vinda de um zoológico em Sorocaba, no interior de São Paulo.

A morte de Kelly aconteceu um dia após o falecimento de outro animal, a leoa-branca Pretória, de 14 anos, que faleceu nessa terça-feira (11) após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante um processo de anestesia para tratamento de um problema de tratamento de canal.

Segundo o prefeito da capital mineira, Álvaro Damião (União Brasil), os dois animais já estavam com problemas de saúde antes mesmo de serem transferidos para BH.

“A chimpanzé Kelly já estava doente, um problema no útero. Foi feito um tratamento durante um tempo aqui em Belo Horizonte, mas teve que fazer exames fora do zoológico. Ela tinha que passar por uma anestesia e também não suportou e acabou falecendo”, explicou Damião.

No caso da leoa, a PBH afirma o procedimento anestésico foi conduzido pela equipe de médicos-veterinários do Zoológico. A necrópsia para apurar a causa da morte foi realizada pela equipe do Setor de Patologia da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Saúde dos animais

Com a morte de Kelly e Pretória, dois animais do zoológico em menos de dois dias, o prefeito convocou uma coletiva de imprensa na sede da prefeitura, no Centro da capital.

Damião informou que o quadro de saúde da leoa era grave, mas que procedimentos cirúrgicos são comuns e fazem parte da rotina de um zoológico como o de BH. De acordo com ele, antes da leoa, um macho, Mafu, em situação clínica bem semelhante ao de Pretória, também havia passado por uma cirurgia e está se recuperando bem.

No caso de Kelly, a chimpanzé já estava em isolamento para tratar de um problema no útero, não interagindo com os outros animais.

O foco agora da PBH é observar o comportamento de Mafu, que ficou sem a companheira.

O Executivo não descarta a transferência do macho para outro zoológico ou ainda trazer outra fêmea para BH para ajudar na adaptação do leão, que está na capital desde o dia 15 de outubro.

Morte de Elefante

Em junho deste ano, o Zoológico de BH confirmou a morte do elefante Jamba, aos 29 anos. Segundo a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), responsável pela administração, o macho tinha problemas articulares e vinha tendo dificuldade na movimentação.

Jamba estava em tratamento na Escola de Veterinária da UFMG e no Zoológico do Oregon (EUA), em razão de uma inflamação no membro anterior direito.

O animal, da espécie africana ameaçada de extinção, viveu toda a vida em cativeiro. Antes de chegar ao Zoológico de BH, morava no Parque Nacional de Etosha, na Namíbia.

Na capital, ele dividia o espaço com a Axé, que agora permanece sozinha no local. Em 2021, a outra elefanta do zoológico, Bere, mãe de Axé, morreu por infecção generalizada também sob os cuidados da instituição.

Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já foi produtora de programas da grade e repórter da Central de Trânsito Itatiaia Emive.
Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.

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