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“A chance de o ciclone atuar diretamente em Minas é zero, porque estamos longe da costa. O que sentimos aqui é a frente fria associada a ele”, afirmou a especialista. Segundo Anete, o sistema se formou mais ao norte e com maior rapidez do que o previsto, o que fez com que os efeitos fossem sentidos em regiões diferentes das esperadas inicialmente.
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“Os modelos de previsão mostraram o fenômeno, mas tudo aconteceu mais ao norte. A atenção que estava voltada para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina precisou ser direcionada, repentinamente, ao Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro”, explicou.
A meteorologista destacou que o ciclone extratropical é uma área de baixa pressão atmosférica intensa, que provoca chuvas volumosas e ventos fortes, especialmente no litoral. Apesar da força, o fenômeno não tem a mesma natureza de furacões ou tufões, que ocorrem em regiões tropicais.
“É um sistema de baixa pressão, parecido, mas com trajetória sobre o oceano Atlântico. Ele causa ventos e chuva, principalmente no litoral”, detalhou.
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Em Minas Gerais, os efeitos do ciclone se manifestaram por meio da frente fria associada ao sistema, responsável pelas chuvas registradas desde a madrugada deste sábado (8) em Belo Horizonte e em diversas cidades do estado.
Ainda conforme o Inmet, o sistema avança rapidamente e deve manter o tempo instável nas próximas horas, com pancadas de chuva e rajadas de vento moderadas, mas sem riscos de fenômenos severos como o registrado no Paraná. A recomendação é que os mineiros acompanhem as atualizações da previsão do tempo e evitem áreas de risco durante períodos de chuva intensa.
Destruição no Paraná
O tornado que devastou cidades do Paraná e deixou seis mortos teve ventos de até 250 km/h, segundo o governador Ratinho Junior (PSD). Em entrevista coletiva neste sábado (8), o governador informou que uma força-tarefa foi montada para atender às vítimas e avaliar os
De acordo com Ratinho Junior, o Hospital de Laranjeiras do Sul recebeu mais de 200 feridos nas primeiras horas após o tornado. Ambulâncias e viaturas do Samu foram enviadas de Cascavel, Guarapuava, Curitiba, Londrina e Maringá para auxiliar no socorro e transporte das vítimas.
O governador destacou que o fenômeno foi um dos mais fortes já registrados no Paraná. Além de Rio Bonito do Iguaçu, os municípios de Candói e Entre Rios (distrito de Guarapuava) também registraram grande destruição. Em Londrina, segundo ele, houve chuvas fortes, mas sem vítimas.
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Ratinho Junior disse ainda que o governo enviou equipamentos e combustível para ajudar as prefeituras locais nos trabalhos de limpeza e recuperação das áreas atingidas.
“Agora é o momento de solidariedade e reconstrução. Vamos dar todo o amparo necessário às famílias atingidas”, afirmou o governador.