O ciclone extratropical que se formou entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina nessa sexta-feira (7) é o principal
Em entrevista à Itatiaia, ela analisou se o fenômeno pode atingir Minas Gerais e explicou que o sistema se formou mais ao norte e com maior rapidez do que o previsto, o que fez com que os efeitos fossem sentidos em regiões diferentes das inicialmente esperadas.
“Os modelos de previsão mostraram o fenômeno, mas tudo aconteceu mais ao norte. A atenção que estava voltada para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina precisou ser direcionada, repentinamente, ao Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro”, explicou ela.
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A meteorologista do Inmet destacou que o ciclone extratropical é uma área de baixa pressão atmosférica intensa, que provoca chuvas volumosas e ventos fortes especialmente no litoral e em áreas próximas ao mar. Apesar da força, ele não tem a mesma natureza de um furacão ou tufão, que ocorrem em regiões tropicais e no hemisfério norte.
“É um sistema de baixa pressão, parecido, mas com trajetória sobre o oceano Atlântico. Ele causa ventos e chuva, principalmente no litoral”, detalhou.
Ciclone que causou tornado no Paraná influencia o tempo em Minas
Em Minas Gerais, os efeitos do ciclone se manifestaram por meio da frente fria associada ao sistema, responsável pelas chuvas registradas desde a madrugada deste sábado (8) em Belo Horizonte e em diversas cidades do estado.
“A chance de o ciclone atuar diretamente em Minas é zero, porque estamos longe da costa. O que sentimos aqui é a frente fria ligada a ele”, afirmou a meteorologista Anete Fernandes.
Belo Horizonte está em alerta para chuva intensa, neste sábado (8).
O sistema, segundo ela, avança rapidamente e deve manter o tempo instável em Minas nas próximas horas, com chuvas e rajadas de vento moderadas, mas sem riscos semelhantes aos do Paraná.