Casa desaba em Sabará e deixa criança gravemente ferida

O desabamento de uma casa deixou cinco pessoas da mesma família feridas no bairro Morro São Francisco, em Sabará, na Grande BH, no final da madrugada desta terça-feira (16). Entre as vítimas está um menino de cinco anos que teve uma parada cardiorrespiratória, foi reanimado por 50 minutos no local e levado para o Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte.

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Os outros quatro feridos (um casal e outras duas crianças) foram levados para a UPA de Sabará. Chove na Grande BH desde o final da tarde dessa segunda-feira (16).

O secretário de Defesa Civil de Sabará, coronel Flávio Godinho, informou à Itatiaia que o desabamento ocorreu por volta das 5h30 da manhã. “A criança teve parada cardiorrespiratória, mas teve a ressuscitação, massagem cardíaca, retornou e está sendo socorrida”, disse.

A informação sobre a criança também foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros: “Três vítimas foram atingidas superficialmente, e um adulto e uma criança ficaram completamente soterrados. Todos foram retirados e encaminhados para atendimento médico sem gravidade aparente. Já a criança de 5 anos teve um corte na boca e sofreu parada cardiorrespiratória. Os bombeiros e o Samu realizaram o RCP (Reanimação Cardiopulmonar) por 50 minutos, conseguindo estabilizar a respiração. A criança foi intubada e encaminhada para atendimento médico”, informou o Corpo de Bombeiros.

Flávio Godinho confirmou que a casa fica em uma área considerada de risco. No imóvel, mora a família formada por um casal e três filhos. "É um local que realmente é uma área de risco. Inclusive, já tem um recurso de aproximadamente R$ 10 milhões para ser utilizado naquele local do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). É uma área de risco e fica numa região de encostas mesmo aqui em Sabará", destacou.

O Corpo de Bombeiros informou que um muro de arrimo desceu e atingiu a casa da família.

‘40 minutos soterrado’

Vizinha da família atingida, a cozinheira Ana Paula Sousa Batista, de 45 anos, contou que o menino de 5 anos ficou 40 minutos soterrado. “Teve um estrondo. Eu acordei assustada e escutei a mãe do menino gritando. Subi por trás da minha casa para ver o que tinha acontecido, e os vizinhos começaram a chegar. Todo mundo desceu e começou a tirar tijolos e ferragens de cima dele. Ele ficou cerca de 40 minutos soterrado”, relatou.

Famílias

Famílias que moram no entorno da casa foram retiradas das áreas de risco por segurança. O coronel Flávio Godinho demonstrou ainda preocupação com outras regiões da cidade. “Nesse momento, a preocupação [da Defesa Civil] é com a movimentação de massa, que pode ocorrer sim em função da saturação do solo”, disse Godinho.

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