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Morte de Juliana Marins em segunda queda foi “agônica e sofrida”, afirma perito

Perito afirma que jovem teria sobrevivido 32 horas após a primeira queda; Juliana foi encontrada morta no dia 24 de junho, quatro dias após cair da trilha no Monte Rinjani

Brasileira Juliana Marins morreu após cair de trilha de vulcão na Indonésia

A irmã de Juliana Marins, Mariana Marins, e profissionais que da autopsia do corpo no Rio de Janeiro concederam uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (11). Na coletiva um perito afirmou que a jovem morreu na segunda queda e teria sobrevivido 32 horas após a primeira queda. Juliana morreu entre dois e três dias após cair na trilha do Monte Rinjani.

O perito da Polícia Civil, Reginaldo Franklin afirmou que acredita que Juliana deslizou pelas costas no terreno e no último impacto caiu de frente, o que causou uma hemorragia interna e a morte, confirmada pela autópsia no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro.

Segundo Mariana, na primeira queda, Juliana desceu cerca de 220 metros. Durante esse trajeto, ela escorregou 61 metros até um paredão rochoso. "É uma parede íngreme de rocha e areia. Ela cai do ponto da trilha até um paredão. O ponto final dessa primeira queda é de cerca de 220 metros”.

A hora da morte de Juliana foi baseada em larvas no couro cabeludo, pela na biologia do inseto."Meio-dia do dia 22 (horário da Indonésia) mais 15 minutos: morte de Juliana Marins. Ela permaneceu viva por cerca de 32 horas”, afirmou o perito. A nova informação desmente a primeira autópsia realizada na Indonésia.

Nelson Massini, perito particular que também acompanhou a perícia, observou que na primeira queda Juliana já pode ter sofrido uma lesão na coxa. “Foi uma morte agônica, hemorrágica, sofrida”, disse ele.

Com base nas estimativas da família e peritos, a jovem sai da trilha escorregando por 60 metros e segue caindo até 220 metros de distância da trilha - o que é considerada a primeira queda. Posteriormente escorrega mais 60 metros e sofre a segunda queda, onde sobrevive por mais 15 minutos em agonia até morrer. Depois, segue caindo até o último ponto onde foi encontrada: 650 metros de profundidade.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde