Começou nesta segunda-feira (18) a primeira audiência do caso do
A sessão, que começou às 9h40, acontece sem a presença do réu
O objetivo da audiência é definir se Maicol será julgado por júri popular ou não. Os advogados de defesa e promotores de Justiça farão perguntas às testemunhas perante o juiz para embasar a decisão do magistrado. Assim que encerrada a fase de depoimentos, será aberto o prazo para as alegações finais escritas das partes.
Leia mais:
Caso Vitória: único suspeito preso diz que foi coagido por autoridades a confessar crime Caso Vitória: adolescente não foi decapitada nem espancada, esclarece delegado Caso Vitória: SBT confirma participação de adolescente em Programa Silvio Santos
Maicol foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo no último dia 29 de abril. O crime ocorreu no dia 5 de março, após Vitória ficar nove dias desaparecida e ser encontrada em uma área de mata.
A defesa do réu, representada pelos advogados Vitor Aurélio e Athur Perin Novaes, afirmou à CNN que espera que todas as irregularidades do processo sejam sanadas. Leia abaixo a nota na íntegra:
“A expectativa da Defesa é que todas as irregularidades do processo sejam sanadas. Houve um interrogatório na calada da noite, sem que os defensores fossem notificados do ato. Na oportunidade, uma advogada, nomeada pelo Delegado, esteve presente para acompanhar o evento. Contudo, referida pessoa representa a prefeitura em inúmeros processos e foi candidata ao cargo de vereadora, algo que gera dúvidas sobre sua participação, principalmente pelos seus interesses escusos e por nunca ter pisado em uma Delegacia. Vale lembrar que o interrogatório contou com a presença do secretário de segurança pública, algo absolutamente inadmissível. Ademais, não há nenhum laudo pericial a respeito dos aparelhos apreendidos, o que causa espanto e pode macular boa parte do processo, sobretudo quando considerado que arquivos foram inseridos, conforme indicado pelo assistente técnico, após a apreensão do dispositivo de Maicol, fato que revela total inobservância à cadeia de custódia”.
Relembre o caso
Vitória Regina de Sousa desapareceu em 26 de fevereiro. Seu corpo foi encontrado em 5 de março em uma área de mata em Cajamar, Grande São Paulo. O corpo estava em estado avançado de decomposição, sem roupas, e apresentava sinais de violência.
O exame de necropsia revelou que a causa da morte foi hemorragia traumática, resultado de golpes de faca. Um laudo apontou três facadas.A polícia descreve o autor do crime como uma pessoa obcecada por Vitória.
Fotos de Vitória e outras jovens foram encontradas no celular do suspeito. A perícia identificou em mensagens e no depoimento em que confessa o crime, que ele demonstrou preocupação com relatos de seu carro ter sido visto perto do local do crime.
A polícia científica identificou sangue, que pode ser compatível com o DNA de Vitória, no carro e casa do suspeito. Testemunhas corroboraram as suspeitas após relatarem movimentação fora do comum, na casa de Maicol, na noite do desaparecimento da vítima.