Arcebispo de Esztergom-Budapeste, o Cardeal Péter Erdő, de 72 anos, é visto como um representante da ala conservadora da Igreja. Nascido em Budapeste, na Hungria, Erdő é considerado um intelectual e fala sete línguas. Ele é apontado por vaticanistas como um dos 12 cardeais favoritos para substituir o Papa Francisco.
Conservador, o cardeal é conhecido por seus posicionamentos ‘pró-vida’. Além de ser contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em questões relacionadas a imigração, Erdõ possui um posicionamento considerado mais equilibrado.
Definido por vaticanistas como cauteloso, avesso a riscos e até mesmo tímido, Erdõ era, aos 51 anos, um dos cardeais mais novos da Igreja. Na época, João Paulo II o elevou ao Colégio Cardinalício em 2003.
O cardeal é um admirador do Papa Paulo VI e chegou a ser considerado pelo falecido cardeal George Pell como alguém que poderia, acima de tudo, restaurar o Estado de direito no Vaticano após o pontificado de Francisco.
O cardeal é o mais velho de seis filhos. O hungaro é um defensor de valores cristãos ortodoxos e também dedica certa atenção à comunidade judaica. Erdõ tem opiniões conservadoras sobre casais divorciados e recasados.
Erdõ foi educado em uma escola escolápia para meninos em Budapeste. Sua ordenação sacerdotal veio em 1975. O cardeal passou dois anos no serviço paroquial antes de ser enviado a Roma, onde obteve diplomas em teologia e direito canônico na Pontifícia Universidade Lateranense (1980).
Lecionou em faculdades de direito canônico e teologia na Hungria e no exterior, incluindo Buenos Aires. Na época servia como escrivão e juiz eclesiástico. Foi consagrado bispo por João Paulo II em 2000. Em 2003, Erdõ foi consagrado primaz de toda a Hungria como ordinário da Arquidiocese de Esztergom-Budapeste. No mesmo ano, foi elevado ao cardinalato.
Péter Erdő é autor de mais de 250 artigos e 25 livros. Desde 2003, participa de todas as assembleias do Sínodo dos Bispos.